quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Comprinhas à luz da consciência...


Pois, é...nem sempre o espírito natalício supera o cansaço.
Concerteza para algumas pessoas é uma alegria sairem de casa para irem fazer compras de Natal e para outras é um sacrifício desmedido.
Bem, se eu tivesse dinheiro e tempo, talvez seria mais fácil, mas mesmo assim, acho que é sempre preciso um dom ou então uma experiência de muitos anos, para se conseguir tal proeza.
A proeza de não nos estarmos sempre a perguntar, todas as vezes entramos e saímos de uma loja, ou quando inserimos o pin do cartão de crédito/débito, se estamos a gastar dinheiro em vão, se a pessoa vai gostar...se não poderíamos estar a fazer alguma coisa de mais útil pela família...
Eu acho que para provar que gostamos de alguém não é necessário comprar presentes.
Que homem ou mulher (de bem) pensaria o oposto? Mmm?
Já sei...é a tradição! Mas quantas pessoas já morreram em nome e/ou por causa de tradições?
A tradição das prendas começou por causa de um senhor que saía de sua casa com um saco cheio de mantimentos e presentes para dar às pessoas mais necessitadas, mas o que unia as pessoas nessa noite era o amor e nunca foi a tradição de oferecer coisas!
Hoje acredito que muitas pessoas, famílias, se juntam para encher a barriga e ver se lhes calha alguma coisa. É triste...mas e se não receberem presentes?
Qual seria o grau dramático de cada um se isso acontecesse?
Varia de pessoa para pessoa. Ninguém é igual a ninguém.
Por mais parecidas que as pessoas possam ser, terem até os mesmos valores, mas a essência, a nossa mente não muda assim de um momento para o outro, e muito menos em nome da boa educação!
Deixar comida no prato é má educação?
Só para quem já passou fome ou foi educado assim.
Agradecer um presente e não abrir o presente no mesmo segundo (optando por abrir mais logo), é falta de educação?
Só para quem dá...
Por isso, como vêem, é tudo muito subjectivo. Podem julgar, mas deviam...
O Natal faz-nos pensar numa grande quantidade de coisas que podemos ou não fazer e não no que "devemos" ou não fazer...
Quem não respeita ao próximo como a ele mesmo, nem devia puxar da carteira para oferecer seja o que for. Quem não consegue oferecer sem esperar nada em troca, não devia dar-se a esse luxo.
Se me dizem que é de boa educação e tradição abrir os presentes na presença de quem os dá então porque é que o Pai Natal nunca esperava pelas crianças e desaparecia sempre pela chaminé acima?
Querem no mínimo um pequenino espectáculo de alegria e gratidão...e não é que não o mereçam, mas cada pessoa tem a sua forma de expressar o que sente, quer seja agrado ou desagrado. Porque é que tem de ser sempre tudo igual?
Há quem lute pelos direitos das minorias, não é? Bem...e as pessoas que não gostam de se exibir na noite de Natal? Eu sou uma delas, por isso considero-me desde há muitos anos uma minoria.
E alguém respeita isso? Não. Dizem que é falta de educação. Há que engolir, não é? Pois é. É respeitar a opinião dos outros...
Sei que não sou a única a pensar assim, por isso já me sinto melhor qualquer coisa. Já não sou a única "deficiente" no planeta! Hehehe...
Continuo a dizer que o Natal é das crianças, dos inocentes...
Vale sempre a pena por um sorriso nos lábios de uma criança...
É uma semente de amor que colocamos no coração dela e que brotará um dia mais tarde...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Um novo alento...

Depois de conversar senti-me melhor...
Queria sofrer sozinha, mas agora sei que é mais fácil quando se partilha a dor com alguém...
Vou esforçar-me por aprender que a solidão, apesar de um hábito, não tem de ser um acessório, que podemos mandá-la embora e não nos sentirmos mal com isso...
Passei pela vida acompanhada desse acessório, a solidão...e agarrei-me demasiado. Ainda é difícil ver-me a partilhar coisas que há anos atrás nem me passava pela cabeça partilhar novamente...e por isso mesmo é que não quero desistir, quero insistir...e ver a vida acontecer! :)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O verdadeiro Natal...


Natal deriva do do latim "natalis", "nascéris", "natus sum", "nasci", que significa nascer, ser posto no mundo...
Maria deu à luz um filho chamado Jesus, que muito antes de nascer, ela já o chamava de seu Salvador...e José foi um homem digno, honrado, temente a Deus, que aceitou Maria, mesmo estando ela grávida. Ele confiou na palavra do Anjo que lhe disse que o filho que ela trazia dentro de si era do Espírito Santo.
Que homem, nos dias de hoje, acreditaria nisso? Pois é. Pensariam logo que tinha havido outro homem! Por isso admiro muito José por isso.
Maria sabia o significado do que trazia no seu ventre e sentia-se feliz por estar a contribuir para trazer o Messias ao mundo.
O natal é a celebração do nascimento de Jesus, é o mostrarmos a nossa gratidão dentro do nosso coração pela Sua vinda, sabendo já qual o motivo porque Ele veio, que foi para se sacrificar por nós, para que todos pudessemos ter acesso livre a Deus. E a cortina do templo rasgou-se de alto a baixo simbolizando isso mesmo. Agora podemos falar directamente com Deus, sem intermediários e temos o privilégio de sermos ouvidos e atendidos. É um presente muito bom, não acham?
É claro que isto depende da crença de cada um, mas a meu ver, verdade não deixa de ser esta : O Messias, o Salvador que havia de vir ao mundo, já veio e já fez o que tinha de ser feito!
Por isso é que a noite de Natal deve ser uma noite feliz, estarmos junto da família, com muito calor humano! :)
Não são as prendas, não é a comida...é o AMOR que devemos partilhar! :)

Apresento-vos o Pai Natal...

O Pai Natal é uma figura que visa representar S. Nicolau e ainda é referido como Santa Claus ou então St Nicholas, na maior parte dos países anglófonos.
O que algumas pessoas não sabem, é que a cor vermelha das suas vestes apareceu por influência de uma marca de refrigerantes muito conhecida, que além de lhe mudar o vestuário, puseram-lhe mais uns quilinhos em cima. Culpa do excesso de açucar da bebida? Ou será da vida sedentária, que advém de escravizar elfos, que fazem todo o trabalho manual por ele?
Bom, quanto a isto, a minha opinião é simples. Trata-se de um novo conceito de gestão de produto que se chama "too damn real marketing" (em inglês soa sempre melhor), ou seja, é o que as empresas referem de facto o que é o seu produto e os efeitos perniciosos que estes causam aos seus consumidores. Neste caso a Coca-cola optou por caracterizar o Pai Natal como sendo um homem gordo, como consequência de um consumo excessivo do seu produto.
No entanto, há que dar a mão à palmatória neste caso : Qual dos dois seria o ideal de velhote para nos entregar presentes? O da esquerda ou o da direita?
Eu cá fico-me pelo da direita, pois sendo gordinha e no caso de me portar mal, fica mais fácil fugir dele! Hehehe...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Exemplos de discriminação e preconceito...






Acho que todos já passaram por uma situação em que se sentiram discriminados ou vítimas de preconceito. É daquele tipo de coisa que nem é preciso abrirem a boca. Um olhar ou reacção por vezes dizem tudo...
Criticam isto: A obesidade, a magreza, a cor de pele, a religião, as opções sexuais...
Aquilo em que acredito é considerado por alguns um disparate muito grande, mas apesar de não concordar com o homossexualismo, não os trato mal ou os considero menos dignos do que os que não o são.
Só que acho que nos dias de hoje, as pessoas estão mais viradas para o seu próprio bem estar...e querem que tudo seja feito no sentido de satisfazê-las, mesmo que isso esteja errado aos olhos de Deus. Mas só acredita em Deus quem quer, não é? Pois é...
Por isso é que raríssimos homossexuais querem ter alguma coisa a ver com Deus.
Sentem-se rejeitados, porque é-lhes dito que não podem casar, porque lhes é dito que é uma abominação um homem "deitar-se" com homem e mulher com mulher...e esse relato para eles é demasiado cruel. Preferem continuar a viver como vivem, do que se entregarem a Deus.
Fomos ensinados a amar o nosso próximo como a nós mesmos e isso implica respeitá-los, dizendo-lhes a verdade e não só o que eles querem ouvir.
Além dessa referência bíblica, há muitas mais coisas que são usadas pelo ser humano para fazer o outro sentir-se pequenino, a mais neste mundo...e que não tem nada a ver com a bíblia.
As grávidas, cujos currículos de trabalho muitas vezes não são lidos porque não é lucrativo empregar uma grávida!
Uma gordinha apresenta-se numa loja de roupa para trabalhar e é recusada, porque o seu corpo não é apelativo e querem alguém que dê nas vistas. No caso da muito magrinha provavelmente daria mau aspecto, porque ainda pensariam que ela tem alguma doença e isso afugtentaria os clientes.
Como vêem, há sempre qualquer coisa que deita o ser humano abaixo.
Mas tem de ser ele próprio a querer força para se levantar...
Às vezes é muito difícil encontrar uma razão para nos animarmos, tirarmos o sentimento de frustração de dentro de nós...mas nada é impossível quando existe determinação! :)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Aproxima-se...

Está perto o Natal, as pessoas andam em correrias a correr de loja para loja e eu nem quero pensar que vou ter de fazer o mesmo daqui a uns dias...
Nunca gostei de fazer compras de Natal! Penso automaticamente que tenho de oferecê-las a alguém e ver o possível olhar e sorriso falso, que me diz : "Oh que lindo! Estava mesmo a precisar disto!" Sabem o que sinto, mal ouço isso? Alívio...puro e simples alívio!
"Já passou, penso eu".
Também não gosto de abrir presentes. O tentar disfarçar a preocupação do que sinto ao abrir aquilo e o raio do relógio não anda mais depressa! Parece até que anda mais devagar e consigo ouvir o som do ponteiro dos segundos...e voilá! O papel é cuidadosamente rasgado (não sei porquê, se vai tudo parar ao lixo) e chega o momento de dizer : "Obrigada, gostei muito"...
A verdade é quando dizem que o Natal é das crianças. Isso já se pode considerar uma verdade, apesar de nem todas terem o privilégio de terem uma noite passada com a família, numa casa quentinha, com uma árvore e uma mesa com comida. Para muitas crianças, é a pior noite das suas vidas.
A noite de Natal só era mágica para mim quando eu era criança. Todas as noites de Natal que me lembro, foram mágicas. Prendas e mais prendas, que perdia a conta da quantidade.
Lembro-me de um episódio, de ter insistido para dormir no sofá, porque não queria perder a visita do Pai Natal. Devia ter 5 anos na altura.
Vi uma sombra a aproximar-se da porta de casa (era um tio do meu pai, disfarçado de pai natal, com um saco dos presentes), mas tive tanto medo, que não abri os olhos. Esse Pai Natal saiu e nunca mais lhe pus a vista em cima, mas no dia seguinte essa recordação parece ter sido varrida da minha memória, porque abrir os presentes e brincar com essas bonecas novas, na altura era a coisa mais importante da minha vida! Todo o mundo à minha volta parava de existir...
E é por isso que tento sempre colocar-me no lugar da minha filha à medida que se aproxima o grande dia e ela não pára de perguntar : "quantos dias faltam?" Lembro-me de fazer exactamente o mesmo com a idade dela. A ansiedade é fora do normal e os dias parecem passar tão devagar!
Chega a ser cruel a espera...
Lembro-me de estar com as minhas irmãs e o meu pai à procura dos presentes (que a minha mãe escondia de nós, dias antes do Natal).
Quando encontrávamos, era uma festa! Ele dizia para fazermos um buraco muito pequenino nos embrulhos, para ficarmos com uma ideia do que íamos receber. Ele devia achar que assim dormiríamos mais descansadas! : )
Quando voltávamos da nossa busca com um sorriso estampado nos rostos, a minha mãe desconfiava logo e o meu pai, é claro, fazia questão de lhe explicar. Ela ficava doida! "És pior do que uma criança, bla bla bla bla!" Ele ria-se, claro...
Seja como for, são recordações do meu pai que quero guardar comigo sempre, porque são daqueles momentos únicos de amor de pai, que não se esquece...
Este é o segundo Natal que passarei sem eles e parece que estou mais tristinha este ano.
Ano passado eu senti mais amor, mais dificuldade da parte deles em estarem longe, mais preocupação em me ajudar. Este ano parecem ter mudado e não lhes pedirei nada. Não vou medingar o amor e atenção deles.
Há pouco a minha mãe quis saber novidades, se eu estava bem e eu deixei o recado de que estava bem, que não havia novidades e que se não falássemos antes do Natal, desejava-lhes uma óptima e santa noite! Foi mesmo para despachar!
É triste, mas o que sinto é que não são capazes de mostrar preocupação genuína e cada gesto deles agora já parece suspeito e penso "será...?"
Posso estar preocupada com muitas coisas, mas tenho de começar a abrir os olhos para a realidade. Não vale a pena sonhar com dias que nunca chegarão...
Sinto o coração apertado quando penso que poderei não dar à minha filha o que ela desejaria, mas podia dar-lhe o melhor de mim e sentir-me melhor comigo mesma, não podia? Mas não sinto...e porquê?
O meu pai contou-me um dia (ao vermos juntos um album meu de quando era criança), de que chorou muito quando foi passar o Natal com o seu irmão (que tem uma filha, mais velha do que eu) e ela quando ela abriu o seu presente, que era uma boneca enorme, os meus olhos brilharam, mas doeu-lhe na alma não ter dinheiro para me comprar uma boneca tão bonita e apesar de eu não me ter queixado ou rejeitado a boneca que ele me deu, ele nunca se esqueceu dos meus olhinhos quando a minha prima desembrulhou a sua boneca. Eu tinha 3 anos na altura...e foi a noite em que ele decidiu dentro de si, que nenhuma filha dele voltaria a passar por isso.
Por mais consolo que me tentem dar e mesmo que não venham a existir queixas, no meu coração vou sentir que falhei de alguma forma...
A dor ajuda-nos a crescer, não é?
É o lado positivo. Tentarei não perder o ânimo...e confiarei em Deus.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ser feliz...


Eu sei que pensas que às vezes não me fazes feliz, mas não é verdade...
Mesmo quando ouço coisas mais duras vindas de ti, mesmo quando me dói, não deixo de te amar.
A verdade é que nessas alturas levanto um escudo à minha volta...e é um defeito meu, que eu sei que te magoa muito. Tentarei não ser tão "mártir"e baixarei o escudo, porque só assim conseguirei sentir o teu calor e nunca esquecer o teu amor por mim...
Sou grata a Deus por te ter, porque até sinto que merecias muito melhor do que eu...
Tens um coração tão grande e tenho muito orgulho em ser tua noiva! :)
Agora lembrei-me de que o meu sono à noite é preparado pelo ouvir do teu coração a bater, pelo segurar das nossas mãos, pelo teu carinho, pelos teus beijinhos...
Por isso não tenho dúvidas...
Sou feliz, sim!

Coisas fofas...


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Queda eminente...



Sinto que o meu trabalho aqui está a terminar, a falência poderá ser inevitável (ou isto ainda aguentar mais tempo), mas não estou preocupada, porque sei que é a consequência de muita podridão, muitos erros...e todos que os cometem devem estar conscientes de que as consequências também virão. É um ilusão pensar que ficarão impunes para sempre...

Um dia virá tudo abaixo...e a justiça será feita, de uma forma ou de outra.

Estou cansada de viver no meio de injustiça, de falsidade, de desonestidade, todos os dias, de compactuar com coisas que são contrárias áquilo em que acredito. Não é justo apanhar com a sujidade dos outros, por isso vou deixar este assunto nas mãos de Deus e descansar Nele (confiar), tal como ele nos pede...

O que tiver que acontecer, acontecerá...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ídolos...é um espectáculo!


Ah pois é! Hehehe...
Ou Portugal não tem pessoal talentoso ou então os que o são, não se querem rebaixar a este tipo de gente (e fazem eles muito bem)! Aqueles que têm mesmo talento..e quando digo isto, falo daqueles que mal abrem a boca para cantar, não deixam margem para dúvida, esses, acho que não perderiam tempo com este tipo de concursos.

Este ano escolheram um juri peculiar. São mesmo do piorio!
Às vezes só me apetecia entrar pelo ecrã dentro e fazer como eles fazem :
Rir-me da cara de um deles, apontar um dedo e dizer : Xiiiça homem! Esses dentes não devem ver uma escova há anos! Aiiii...e essa camisa? Nem tem ponta por onde se lhe pegue! Com uma barriga dessas, não pode criticar nenhum gordo, é um facto!
Talvez assim, conseguissem pensar no tal mandamento de Jesus que diz para fazermos aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem.
As pessoas só deviam ser postas a julgar seja o que for, quando têm competência para isso, e/ou quando sabem fazer melhor. E por vezes parecem esquecer-se de que estão a julgar "amadores" e tratam-nos como se fossem profissionais. A maioria daqueles miúdos nunca tiveram uma aula de canto ou de interpretação na sua vida! Será que alguém pensa nisto?
No entanto, são obrigados a serem perfeitos, ou então estão no olho da rua.
Lindo, não é?
Tive a fazer uma pequenina pesquisa de outros programas, tipo American Idol, Britain's Got Talent, tudo programas semelhantes a este...e não vi nenhum juri tão estupidamente convencido que estes jovens precisam mesmo de ouvir "essas" verdades!
Se fizessem como já alguém fez, que é por uns 20 finalistas numa casa, todos terem aulas de canto, dança e depois aí mostrarem o que valem a todos (público e juri), todas as semanas...aí sim, eu aí já concordaria com as críticas que viessem depois, mas desta forma, não.
O pior é que isto é uma coisa que entretém os Portugueses. Fá-los ficarem agarrados à televisão, e porquê? Resposta : porque simplesmente é divertido rir das desgraças dos outros...
A produção provavelmente diz ao juri : "continuem a falar mal, continuem a falar mal, que é isso que o nosso povo gosta!"

Mas também é verdade que muitos dos que concorreram e se submeteram a isso, sabiam à partida que correriam esse risco, mas bolas...é sempre doloroso e mau...muito mau.
Aliás, só uma pessoa muito má e egoísta é que daria gargalhadas de rebolar no chão a ver tamanha coisa.
Nesse caso, eu pergunto-me : Será que este país quer mesmo evoluir, aprender alguma coisa que valha a pena, que os engrandeça culturalmente? Penso que não.

A dor e a humilhação infligida pelo juri é cruel e mexe com a alma de qualquer um, até com as pessoas que por livre escolha, deixam-se ficar no canal da sic para ver esse "espectáculo".
Confesso que vejo sempre um bocadinho, mas só para ver se há alguma mudança de comportamento no juri, à medida que os "cromos" (como eles lhes chamam), vão saindo do programa, mas não. Mais impressionada fico com a falta de respeito e humildade.
Se não fosse por esses "cromos" não haveria início de programa e aposto que seria um completo fracasso.
Quanto aos que são bons a cantar, bem...é tudo muito relativo. Portugal continua a ser um país pobre em cultura musical (e não só) e encontrar um bom cantor/intérprete, é como procurar uma agulha num palheiro.

Vamos lá ver como isto corre, mas só espero que todos os que foram "rejeitados" saibam olhar para dentro de si, peneirar tudo da melhor maneira...saindo dali com um pensamento positivo (por mais dificil que possa ser, infelizmente).

No final de contas, Portugal quer um ídolo, não é? Ao menos que seja alguma coisa de jeito!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A dor...

A aceitação da dor é o primeiro passo para suportá-la, caso contrário, o pessimismo, a impaciência e a sua intolerância, poderá transformá-la num fardo além das suas forças...
Fazer o quê? Agitar-se, chorar, gritar, queixar-se, resignar-se, calar-se, ficar quieto?
A experiência da dor é individual, solitária e de difícil comunicação. Que palavras, que gestos a podem traduzir?
Tentamos encontrar a explicação para essa dor e perguntamo-nos : O que temos? Porque dói?
Procuramos a resposta na realidade ( na ferida ) e no imaginário (será por causa de...) e assim que pressentimos a dor, mudamos logo de comportamento.
Procuramos evitá-la, aliviá-la. A dor força-nos a reagir, a proteger-nos às vezes até à exaustão.
Do grito de dor à relação estruturada médico-doente, dizer que se sofre é uma ponte estendida e um alívio para a pessoa que está fechada na sua realidade dolorosa.
Perante a dor, surge a inquietação que não faz mais do que reforçar o sofrimento. A dor dá origem a stress físico e psicológico que pode ser prejudicial.
Aquele que sofre encontra-se perante os seus próprios limites, perante o desconhecido, "quanto tempo aguentarei isto? Irá durar muito?"
A dúvida instala-se, a confiança desaparece. "Os médicos terão diagnosticado e controlado o problema? A dor não passa, isto não é normal. Podem ter feito asneira".
O desconforto (dificuldade de mover-se, encontrar uma posição confortável para dormir, de comunicar o que sente às pessoas), tudo isso aumenta essa sensação.
A descontracção, a calma, a boa disposição, o optimismo, aumentam a tolerância à dor.
A esperança na cura, o sentimento de controle da doença e da dor, a confiança nos seus próprios recursos, são factores que limitam a dor e facilitam o seu tratamento e respectiva cura.
A confiança passa pela compreensão da situação.
Pensem que a dor nunca é para sempre...
Lembro-me de quando parti a perna há 3 anos.
Tive dores horríveis, agoniantes até. Desejei morrer, partir deste mundo, de tão horrível que foi a dor...mas se hoje quisesse vos descrever as dores e o stress físico e psicológico que senti, não conseguiria. É impossível. Só estando no meu lugar é que saberiam.
Mas digo-vos que é um cansaço físico, que depressa se torna em cansaço emocional. Entramos em depressão rapidamente se não conseguirmos ter uma visão mais alongada da vida.
Quando existe dor ( física ou emocional ) quer dizer que está a haver uma transformação, uma cura...
A minha mãe sempre me dizia, quando eu era pequena e berrava de dores quando ela me estava a desinfectar uma ferida ( com água oxigenada - e eu detestava aquilo ) : "Se está a doer é porque está a curar!"
E eu pensava : "Pois sim...tá bem...a mentir a uma criança. Que lindo."
A verdade é que o corpo para se regenerar, tem de passar por muitas fases, fases essas que implicam sempre alguma dor.
E quando falo nisto, acho que também se aplica à dor emocional, o perder alguém que amamos, por exemplo.
Também isso implica dor e regeneração interior...
Para o meu amor, só lhe posso dizer que estou solidária com a tua dor e de tudo farei para que a consigas suportar da melhor maneira possível.
Ser operado é sempre um grande trauma físico e psicológico. Temos sempre tendência para pintar um quadro demasiado negro, não é? Mas a escuridão é apenas a ausência de luz!
O sol acaba sempre por nascer... : )
Estarmos gratos pela vida, pelas pessoas que nos amam, termos um pensamento positivo perante a dor, é um enorme passo para superar todas as dificuldades...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A corrupção...


Nunca se esqueçam que a justiça neste país pode nunca chegar, mas a justiça de Deus é diferente. Tarda, mas não falha!
Acabei de saber que a empresa onde trabalho está a poucos passos da falência e não duvido.
Ouvi isso da boca de um fornecedor cuja filha trabalha na Sec. da Economia. Disse-me que o meu patrão vai ter tantas inspecções que mesmo pagando por todas as ilegalidades, vai ser dificil salvar-se.
Cavou um buraco tão largo à sua volta (queria viver à grande e à francesa) e agora está tudo a cair-lhe em cima!
Não é mentira nenhuma, porque os 3 anos de experiência neste lugar mostraram-me que este ser humano tem tendência a não aprender com os seus erros e pior, nem vendo os erros dos outros o faz ter algum juízo e bom senso!
Ele é o reflexo de tudo aquilo que um empresário não deve ser.
Se querem ser empresários bem sucedidos, não é a fugir a impostos e a "mentir" a torto e direito às autoridades que se vão safar, porque está provado desde o início do mundo, que aquilo que semeamos, é aquilo que vamos colher.
Tal como qualquer planta demora o seu tempo a nascer, crescer e frutificar, assim também é o tempo que cada pessoa tem para ver o resultado das suas acções nesta vida.
Mesmo que não seja muito agradável, não temos outro remédio senão baixarmos a cabeça e apanharmos aquilo que semeámos, que ao longo do tempo foi negligenciado.
A corrupção tem um preço muito alto. Será que vale mesmo a pena arriscar?
Acho que a honestidade acaba sempre por ganhar...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dentro da bolha...

Esta foto caracteriza muito bem o que senti ontem...e o que me foi dado a sentir durante muitos anos. Via, mas não podia tocar.
Fui protegida da maldade deste mundo durante demasiado tempo.
O mundo era um desconhecido para mim.
Ninguém se importou em me explicar que o mundo seria tão cruel.
A vida encarregou-se de me ensinar da pior maneira.
Fui como uma folha que é levada pelo vento...sem rumo. Bati contra coisas que me desfizeram, que me magoaram muito, mas cresci.
Ouvir carne da nossa carne dizer que podemos contar com ela para tudo, para não ter medo ou vergonha de pedir ajuda e depois constactar que essa pessoa está mais preocupada consigo própria, como isso dói cá dentro...dar o dito por não dito.
Qualquer pai ou mãe quer ver o seu filho amadurecer, abrir as asas e voar bem alto...porque isso prova que fizeram um bom trabalho, que todo o sofrimento e noites mal dormidas não foram em vão...
Os meus querem que eu abra as asas e que voe...mas para bem longe deles, porque não fiz o que esperavam de mim.
Porque não fui capaz de deixar este país, porque sentem que as pessoas que fizeram parte do meu passado causaram-lhes humilhação e ruína, porque no fundo nunca sentiram orgulho em mim. Tenho consciência dessa verdade e tento abafá-la dentro mim todos os dias.
Eles, inconscientemente, culpam-me.
Desabafar com aquela que me deu à luz, falar dos meus problemas e não ter nenhum feedback, não sentir preocupação em me ajudar ou simplesmente dizer que vai pedir a Deus que me ajude...para eu ficar a saber que ela SENTE alguma coisa por mim, mas não...nada diz.
O meu pai farta-se de me enviar emails e a centenas de pessoas (powerpoints), que pouca gente tem tempo para ver...e quando lhe envio um email, a desabafar, a pedir-lhe um favor, ele nem se dá ao trabalho de responder.
O que uma filha (que não seja eu), faria no meu lugar?
Um dia irão sentir a minha falta e irão precisar da minha ajuda, do meu carinho...mas tanto o meu corpo como a minha alma já estarão demasiado longe...
Vivo uma vida com alguns buracos na estrada que eles enquanto têm saúde, deviam de alguma forma ainda sentir a obrigação de me ajudar a desviar deles ou a tapá-los, conforme pudessem.
Para isso era preciso saberem o que se passa comigo, mas não se interessam...e sinto-me sem família.
Até uma leoa ao deixar os seus filhos à sua sorte, passados anos, se os vir, reconhece-os e vai lá dar-lhes uma lambidela!
Porque é que os seres humanos não são assim? : (
Eu não sou o tipo de pessoa de pedir ajuda. Aliás, só a aceito se a oferecerem, mas se eu vir que é de boa vontade e que o fazem sem esperar nada em troca.
Se eu vir que não vai ser assim, fico caladinha e aguento-me.
Deixaram-me aqui tal como alguém deixou aquele aquário, com aquele único peixinho, no meio daquela praia, a poucos metros de um oceano imenso, como que a dizer: "Estás aí, mas podes ter isto e aquilo e acima de tudo terás estabilidade financeira, se vieres connosco".
Chantagem.
Pensaram que eu ia desesperar, mas eu estou aqui. Estou viva. Não fugi, como eles fizeram. Os fins nem sempre justificam os meios e um dia eles sentirão isso na pele. Não mordi o isco do "dinheiro". Não tenho essa ambição dentro de mim. Se tiverem que vir os problemas, enfrentá-los-ei. Encontrei alguém que me ama e que irá cuidar muito bem de mim. As minhas asas recuperaram das feridas. Se desesperar, voarei para os braços dele...e estarei segura!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vacas em apuros...



Estou a sair de casa, às 8h da manhã e ao respirar fundo, olho para o terreno ao lado e vejo uma vaca com um bidão ( daqueles que são cortados em metade para dar água ao gado ) em cima da cabeça, mais precisamente preso pelos cornos!

Não saí para socorrê-la, porque tinha-me arranjado toda e tava de saltos altos. Isso significaria que iria chegar atrasada a muitos sítios. Pedi a Deus que lhe trouxesse ajuda e quando ia a caminho do trabalho, vi que ela já tinha sido "salva" e fiquei mais descansada. Mas pensei : o que os cornos fazem a um ser vivo! Pois é...só dão chatices!

Mas continuando, porque as histórias sobre vacas não termina por aqui. Ainda tive que ver mais uma vaca em apuros há bocado! Fui tratar de uns assuntos e estava a caminho da escola da minha filha, quando logo depois de uma curva, vejo uma vaca deitada na beira da estrada e presumi logo que tinha caído do muro abaixo. Salivava pela boca, tinha a cabeça levantada, mas parecia estar em sofrimento. A minha filha só dizia : Mãe, vamos vê-la, vamos vê-la...pára o carro!

Mas eu sabia que se o fizesse, que íamos testemunhar algo muito doloroso e não queria que a minha filha ficasse com isso na memória...

Deixei-a na escola e vim depressa ver como a vaca estava. Demorei 5 minutos. Quando cheguei lá, já estava a PSP, o dono e mais umas pessoas.

Mas a vaca já estava completamente deitada e presumo que já estivesse morta. : (

Não sei porque logo hoje tinha que ver estas coisas...

Acho que nunca vou saber...mas chocou-me!
Coitadinhas das vacas...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Já vejo o sol...


Depois de uma noite escura...o sol aparece sempre!
Mais ou menos tímido, mas aparece. Foi uma noite que parecia não ter fim. É difícil imaginar-me sem ti, sem o teu abraço, sem o teu carinho.
Sim, ontem senti-me perdida...
A distância não ajudou. E logo eu, que tenho tendência para me isolar quando estou triste.
Se estivesses aqui, teríamos conversado, terias enxugado as minhas lágrimas tal como disseste que farias...e eu teria adormecido feliz com a minha cabeça no teu peito.
Foi preciso passar por esta noite infernal para salientar a certeza de que preciso mesmo de ti. Não há volta a dar quanto a isso. Eu sou tua...e sempre serei.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Perdida na noite...


Sinto-me perdida. Está escuro. Está frio...
O meu coração está dorido hoje...
Vou fechar os olhos e as lágrimas vão escorrer, finalmente!
Sinto uma brisa no meu rosto e logo a seguir vem um arrepio...
Quem será que me beija sem que eu veja? Ninguém...
Estou sozinha e hoje ficarei assim. Eu e o Anjo que nunca vi, mas que sei que está aqui...
Mais uma vez terás de me consolar...
Lembras-te das vezes que chorava à noite e pedia-te que segurasses a minha mão, até eu adormecer? E das vezes que me disseste que eu um dia seria feliz...
Agora lembro-me disso, porque sei que o amor não é sempre sinónimo de felicidade. Sofre-se!
Uma pessoa só é mesmo feliz quando se aceita como é, quando gosta de si própria, quando se contenta com aquilo que tem. Aí está o princípio de toda a sabedoria e felicidade...

Ser vacinado ou não...


Depois dos últimos acontecimentos, mesmo se estivesse grávida, preferia correr o risco de morrer com o meu bébé, do que senti-lo morrer dentro de mim. Deve ser horrível e nem consigo imaginar a dor das duas mães que passaram por isso, por terem aceite serem vacinadas. Devem estar a sentir uma dor enorme, sentimento de culpa, inconformismo...uma tristeza profunda!
Apesar de dizerem que é pouco próvável a relação entre a vacina e as mortes dos bébés, também não negam essa possibilidade. Acho que ficaria apavorada sob a possibilidade de ter de ser vacinada.
É verdade que não há provas de que a vacina tenha causado a morte dos bébés, mas seja como for, fico triste quando acontecem situações destas e não há respostas...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ora bolas...

Mas não...não aconteceu e ainda bem que ninguém te disse tal coisa! : )
Imagino que estejas nervoso porque vais fazer uma data de exames e estar preparado psicologicamente para uma cirurgia, bem...nunca ninguém está!
Lembro-me de contar os dias, as horas, os minutos...mas só porque toda a gente me dizia que depois da cirurgia que eu ia ficar melhor, que as dores iam diminuir. Eu acreditei...e a desilusão em relação a isso foi gigantesca! Espero que não sintas nem metade do que eu senti, amorzinho.
Seja como for, vou apoiar-te e ao contrário do que desejaria, mesmo que não consiga arrancar um pouco da tua dor, vou fazer de tudo para que te sintas o melhor possível.
É isso que poderás esperar de mim e vou estar muito ansiosa e preocupada contigo no dia em que fores internado. Tenho a certeza que no meu lugar também estarias assim...
Mas vou esperar por ti aqui...
Vou olhar para o céu e vou esperar por ti...
Já tenho muitas saudades e cada dia que passa preciso mais da tua presença, do teu olhar sobre mim...
És parte do sangue que me corre nas veias...fazes parte da minha vida e estás sempre no meu coração! Amo-te!

domingo, 15 de novembro de 2009

O frio é relativo, pois sim...


Já vos dou um exemplo : Estou com os pés gelados, as pontas dos dedos doem cada vez que carrego numa tecla e acabei de receber um sms do meu namorado a dizer que está de polo de manga curta e a transpirar... (aaaaaaaaaaaaaaaaah )
Eu sempre disse que preferia o frio ao calor, mas acho que toda a gente tem o direito de mudar de ideias. E pronto...mudo de ideias! Quero caloooooooooooooooor!
Isto é culpa da minha ilha vizinha que está branquinha por ter nevado e por ter 2.000 e tal metros de altura basta uma brizasinha daqueles lados para nos deixar a todos gelados...
Já parou de chover e vou escovar a minha égua para aquecermo-nos às duas. Corpo e alma.
Desejo-vos um resto de um domingo quentinho e em paz! God bless...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Alma cristalina...

Tive que vir aqui deixar por escrito que me sinto muito melhor...
Soube bem saber que o meu Angel está a ser muito bem tratado e mimado! Saber isso foi um bálsamo para o meu coração...
E depois de falar com o meu amor há pouco, a solidão interior foi embora...
Por vezes sinto-me sozinha na minha dor, mas é culpa minha porque afasto as pessoas de mim nessas alturas...
Não o faço intencionalmente, mas é o que acaba por acontecer. Penso que mais ninguém compreende o que estou a sentir e fecho-me em copas, como um bichinho de conta, quando alguém tenta tocar-lhe. Sempre me habituei a resolver os problemas sozinha e a apaziguar a dor agarrada à minha almofada ou então de joelhos, a chorar com o meu Pai do céu...e não a partilhá-la com mais ninguém.
Sempre me fiz de forte...mas quem me conhece, sabe que as forças não duram para sempre e lembram-me que eu posso descansar nos seus braços e é tão bom saber que sou amada, apesar das minhas variações de humor difíceis de compreender. Se nem eu me compreendo às vezes, podem imaginar como pode ser complicado ter de explicar a alguém porque estou assim ou assado.
No fundo nunca acreditei que fosse encontrar a minha outra metade, aquele que posso dizer que está comigo, que é uma parte de mim. Sempre foi difícil acreditar que um dia seria feliz...
A vida encarregou-se de me ir puxando cada vez mais para baixo, deixar a minha auto estima ficar praticamente em zero.
As desilusões, as mentiras, as traições, as coisas que eu perdoava quando não mereciam ser perdoadas, o querer uma família e saber que não a tinha, apesar dela existir...
Ainda há muitas coisas que faço hoje que são o reflexo disso que passei e infelizmente quem acaba por sofrer com isso são as pessoas que neste momento mais me querem bem...
Dizem que uma transformação dói sempre...e é verdade. Sei que vai haver luta interior até eu conseguir deixar-me ir por completo...mas vou conseguir.
Não quero pensar que um dia poderei estar a confrontar as verdades que são ditas agora e verificar que eram mentiras. Quero confiar a 100% no meu homem, quero que ele se sinta feliz em ser-me fiel e em ser só meu.
Ele é a razão pela qual eu ainda sinto esperança. Se não me tivesse apaixonado por ele, o que já agora foi mais uma surpresa, porque pensei que o meu coração tinha fechado para balanço definitivamente...mas se não tivesse acontecido, eu não teria tido o ano mais feliz e significativo da minha vida.
Obrigada, meu amor...

Estou triste...


Estou a fazer um esforço enorme para não chorar...mas no fundo quero tanto!
Sei que mais cedo ou mais tarde vou ter que "despejar" tudo o que sinto cá dentro...
Limpar a minha alma com as minhas lágrimas vai fazer-me bem...mas só mais logo!
Tenho mesmo de me aguentar...
Sinto-me tão sozinha hoje!
Sei que terei o ombro da minha filhota e ela compreende tão bem o que estou a sentir!
A inocência do seu coração é suficiente para me entender...
Já há muito tempo que não me sentia assim em baixo...
Sexta-feira 13...pois é...e nem sou supersticiosa!
Mas será um daqueles dias difíceis de apagar da mente, mas não sei se quero esquecer...
Não ouvir as palavras que eu esperava da pessoa que eu mais amo, quando todo o meu ser naquela altura só queria ouvir uma coisa e ouvir os relinchos da companheira do Angel quando me ia embora (como que a pedir para eu não ir), olhar para o mar e sentir esta tristeza profunda no coração...
E o dia ainda não terminou...

Lembranças...



Madrugada de 15 de Junho de 2005...
Nasceste tão pequenino...
Nesse dia comeste palha da minha mão, mesmo sem dentes...e eu ri-me!
Tinhas um pêlo tão fofinho!
Desde esse dia que entraste no meu coração e apesar das preocupações e das feridas, dos nervos...apesar disso tudo, nunca deixei de gostar de ti! Nunca pensei que fosse tão difícil imaginar-te longe, sendo tratado por outra pessoa.
A esta hora já te foram buscar e estás a caminho de outra ilha, que te é completamente desconhecida.
Mas irei visitar-te e sei que me irás reconhecer. Vai ser bom ver como estás...
Nunca te esqueças de nós, porque não te vamos esquecer, Angel!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Oração de um justo pode muito em seus efeitos...

"Invoca-me e responder-te-ei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes" (Jer.33:3).
Quão grande e encoberto segredo é o poder ilimitado da oração!
Temo falar disto, pois considero-me incapaz de descrever, em palavras humanas, a inefável omnipotência de Deus que é revelada ao homem e à mulher que oram.
Queremos tentar aproximar-nos, mediante uma simples pergunta, no centro deste segredo divino.
Porque Deus, o Pai, nos chama à oração?
"Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás (Sl. 50:15).
Além de que o Senhor atende também o nosso clamor causado por necessidades exteriores, todo aquele que começar a ler Sua palavra com o coração aberto, inevitavelmente sentirá uma necessidade interior de falar com Ele.
E nisto vem o convite do Pai: "Invoca-me no dia da angústia."
Porque Deus, o Filho, nos urge à oração: "Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer" (Lc. 18:1). "Pedi, e dar-se-vos-á, buscai, e achareis; batei. e abrir-se-vos-á" (Mt. 7:7).
Ele, o Filho de Deus, portanto, nos urge a intensificar a nossa oração. Pois "pedir" é um perguntar passivo, "buscar" já é uma perseverança decidida, porém "bater" significa penetrar até à presença de Deus, continuar até que a porta do Santíssimo se abra.
Ontem, abraçada ao meu amor, orei ao meu Pai do céu...pedi-Lhe que consolasse o seu coração, pois Ele pede-nos para O invocar, para chamar por Ele, pedir-Lhe socorro no dia da angústia e foi isso que fiz...foi isso que fizemos.
Chorar na presença de Deus é maravilhoso, porque não existe constrangimento, existe um derramar da nossa alma e sentimo-nos mais leves...sentimos paz.
E tudo o que acontecer a partir dessa oração será aceite por nós com um espírito de gratidão...
Não irei duvidar que Ele sabe mais do que eu, não irei duvidar que Ele quer o melhor para mim, logo não irei me queixar da vida que tiver que viver...
Sei que para se chegar ao patamar de FELIZ é preciso passarmos por muitos obstáculos e até algum sofrimento para conseguirmos dar valor a certas coisas, dar valor à vida que temos.
Muitos queixam-se que vieram a este mundo para sofrer e passam o dia a martirizar-se, mas aqueles que sofrem e têm como seu melhor amigo um Deus Todo Poderoso e conhecem-nO, sabem que o sofrimento não irá durar para sempre, porque sabem que Ele disse que não nos daria um fardo mais pesado do que aquele que conseguiríamos suportar.
Até os que são Dele poderão passar por dificuldades, mas ao contrário dos que não querem saber Dele, estes sentirão paz...e passarão pelas dificuldades com outro ânimo.
Resumindo, falar com Deus é uma das melhores terapias que existe!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Beijos, sorrisos e chuva...


Nem mesmo a chuva consegue tirar a alegria de saber que estarei nos teus braços amanhã...
Vai ser tão bom matar saudades!
Novamente sinto aquele nervoso miudinho e é como se me apaixonasse por ti sempre que nos reencontramos. E essa paixão mantém-se acesa, sempre acesa...
Estou a contar os minutos...
Vou reparar no teu olhar, no teu sorriso e finalmente sentirei o teu suspiro de alívio, a 1 segundo de um abraço!
E vou pensar : O meu amor está aqui...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Chuva...chuva...chuva!


Tem sido assim a semana toda e pelos vistos, por estes lados, só vamos ver o sol brilhar no Domingo. Outubro está a chegar ao fim e aproxima-se o mês seguinte...
Dizem que Outubro é o mês mais propício a depressões, por isso até fico bem alegre que esteja a chegar ao fim!
Saímos de casa e ainda o sol não deu o ar da sua graça. E depois de um dia de trabalho, estamos a sair porta fora e o sol a desaparecer...
Para quem passa um Verão maravilhoso, cheio de sol, na praia, com tardes longas e depois dá de caras com isto, bem...deprime qualquer um! Até eu já cheguei a ficar mais abatida por causa deste tempo assim, sempre a chover...aaaah que nervos!
Vou ter de ser paciente e esperar que o sol volte...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Segunda-feira...

É hoje e os sintomas fazem-se sentir mal acordamos...
Ver o sol nascer e rogar-lhe pragas, tentar abrir as pálpebras e fazer aquele esforço sobrenatural que todos conhecem, para sairmos da cama. Ah...e a ansiedade e falta de paciência que se faz sentir ao longo do dia. Devemos mesmo ser insuportáveis às segundas-feiras...
Passei a noite passada a virar-me de um lado para o outro, a tentar encontrar uma posição confortável e que não me fizesse tossir. Acordei às 3 da manhã, alguma dificuldade em respirar, ouvir um som esquisito enquanto respirava e sentir que podia ser o começo de uma outra bronquite deixou-me com medo. Mais uma mazela nos meus pulmões que são tão limpinhos! Que desperdício!
É nestas alturas que sinto falta do meu amor perto de mim. Mesmo com tosse e chata como tudo, sinto que ia ter pachorra para me mimar e aturar...e é tão bom sentir isso! De facto, o amor tem efeitos curativos...
Aproxima-se o dia em que voltaremos a estar juntos e morro de saudades!
Saudades do abraço dele, da forma como o faz, quero beijá-lo, quero sentir os dedos dele no meu cabelo, ver os olhinhos dele a brilhar quando olha para mim, ter a certeza outra vez que é com ele que quero passar o resto dos meus dias...
Ainda faltam uns dias, mas é sempre bom pensar que vou tê-lo cá, que vamos namorar muito e que vou ouvir muitas vezes a frase : Amo-te, amo-te, amo-te! :)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Amo-te...



Sei que não consigo viver sem ti...

És meu desde a fundação do Universo...

Ele já nos conhecia muito antes de sermos formados nos ventres das nossas mães...

Ele criou-te para seres meu e criou-me para ser tua...

Ele sabia que só tu me farias feliz...

Sabe tão bem sonhar contigo, em estar ao teu lado, em ser tua mulher...

Acordar todos os dias ao teu lado e ver-te a espreguiçar...

Olharmos um para o outro com vontade de ficar, mas esboçarmos um sorriso e sairmos da cama para a normal rotina matinal que poderá até nos deixar esgotados, mas nem mesmo assim termos coragem de pensar que não somos felizes...

Os meus sonhos são muitos, mas hoje pu-los novamente nas mãos de Deus, porque sei que estão bem entregues.

A aliança, o compromisso, o amor que nos une é uma coisa que pouca gente tem e quero que vejam que é possível um casal viver muitos anos e sentir-se sempre apaixonado um pelo outro. Quero ficar velhinha ao teu lado, se for essa a vontade de Deus...
Velhos rabujentos nós os dois...hehehe! Os nossos filhos serão o brilho dos nossos olhos e nós o brilho dos olhos deles? Ammm...talvez nem tanto, mas um dia terão filhos e saberão como eram importantes para nós.

Ouviremos muitos vezes que somos antiquados, que não gostam de ser nossos filhos, coisas que saem da boca para fora e que nos irão ferir, sem que eles se apercebam disso...mas estaremos juntos.
O meu corpo já não será o que é hoje, mas sentirei que me desejas da mesma forma...e eu sentirei o mesmo por ti.

São tudo sonhos que se podem tornar realidade...

Nunca se é verdadeiramente livre...


A liberdade é uma das ilusões mais bem guardadas do planeta...
Não somos livres porque a nossa liberdade é sempre condicionada por alguma coisa ou alguém...
Nem para amar somos verdadeiramente livres...
E a liberdade de expressão? Treta. De que vale expressarmo-nos se nos criticam depois, se muitas vezes nem somos ouvidos?
Até a liberdade de sermos nós próprios nos é tirada...
A liberdade implica responsabilidade. Não podemos fazer o que nos vai na cabeça sem pensarmos nas consequências. Não podemos dizer o que nos vai na cabeça sem pensarmos se isso vai magoar, se vai ofender, se será visto como um julgamento...
Muitas vezes falo sem pensar, sou impulsiva e tenho de pensar que se não conseguir mudar isso, que as consequências poderão ser graves, trazendo muito sofrimento.
Eu tento ser o melhor que posso ser, eu tento, mas não está a ser o suficiente.
Será que existem coisas que poderão ser incompatíveis para sempre? Quero acreditar que tudo pode ser resolvido, que tudo tem uma solução.
Sabem...sempre pensei que ser diferente era o mesmo que ser especial e sentia algum orgulho em ser assim. Toda a gente com quem falei e conheci no passado devem ter-me mentido ao dizerem que eu era diferente das outras mulheres, que era uma pessoa autêntica.
É que agora chego à conclusão que afinal a minha diferença não vale assim tanto.
Essas pessoas não me deviam conhecer tão bem assim e parto do princípio que quem me conhece há mais tempo é que devia conhecer-me melhor e que essa é que deverá ter a avaliação certa.
O relembrar-me das minhas imperfeições tem-me trazido angústia, sentimento de culpa. Sinto-me minorizada, pouco especial...mas também quem é que me mandou pensar que eu seria alguém especial?
Pode até alguém amar-me por aquilo que eu sou, mas se eu já estou a lutar interiormente para acreditar que valho alguma coisa, conseguem imaginar como me sinto...
Quero muito acreditar que vou continuar a ser amada, mesmo assim...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Uma faceta pouco conhecida...






Realmente dá gosto ver este homem rir, já que é uma coisa tão rara...
O que sei sobre ele é pouco ou nada, mas o olhar captado nestas fotos mostra um homem com capacidade de amar...e fico a pensar : O que te atormenta tanto, Saramago?
É um homem com muitas dúvidas, sedento de saber...com um certo nível de egoísmo que o faz "atropelar" os outros, mas na mente dele isso é o menos importante, porque no final, quem sabe...pode ser que aprendam alguma coisa!
Mas a vida é muito mais do que conhecimento. É bom conhecermos, mas temos que ter consciência que o ser humano é limitado e há coisas que nos ultrapassam.
Gastar tempo e energia numa coisa que só nos vai confundir e revoltar mais ainda? Não, obrigada...dispenso!
E ainda quem sabe, às custas disso estarmos a nos abster de coisas e pessoas que realmente valem a pena. Devíamos dedicarmo-nos a fazer coisas que nos edifiquem e que edifiquem os outros. De infelicidades e confusão já está o mundo cheio.
Qual é o mal em acreditar em Deus? Porque é que tanta gente critica isso?
Não acreditar, na minha opinião, é muito mais triste. Acho que devem ser pessoas mais solitárias, que entram em depressões com muita mais facilidade.
No final da vida chegaremos à conclusão que o conhecimento não é o que traz felicidade nem paz à nossa alma (para quem acredita que temos uma)...
Acho que para ele estar sempre a "bater na mesma tecla", como muita gente diz, é porque provavelmente apesar de dizer que não acredita em Deus, no fundo se calhar gostava de O conhecer e dizer-Lhe umas coisinhas, fazer-Lhe umas perguntas, perceber...
Irritá-lo-á saber que não tem esse poder, logo prefere acreditar que Deus não existe e ter esse sentimento de algum desprezo até pela Sua pessoa.
Provavelmente já não lhe restará muito tempo para poder desvendar esse "mistério" e saciar a sua sede de conhecimento.
Será que isto que estou a dizer faz algum sentido?
Há alguma amargura no seu semblante e acho que apesar de conhecer centenas de pessoas, que no fundo ele deve sentir-se muito só...vazio. A literatura é a vida dele, ele quer deixar o seu legado na terra, quer que as pessoas se lembrem dele. E vão se lembrar...
Lembar-se-ão que foi o Nobel da Literatura, que escreveu muitos livros que emocionaram e outros que trouxeram muita polémica. Ah...e não acreditava em Deus.
Sim, porque ele acha que Deus não existe, logo não precisa de Deus. Ele tem esse direito. Tenho de respeitar, mas fico triste por ele...
"Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou : Porque me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" Romanos 9:20,21
"Não erreis : Deus não se deixa escarnecer, porque tudo o que homem semear, isso também ceifará." Gálatas 6:7
Muita gente põe a questão da Bíblia já ter sido reescrita milhares de vezes e que muitas coisas foram alteradas, deixadas de fora até...e não vou dizer que isso é mentira, porque Deus no final da Bíblia fala nisso e em Apocalipse diz :
"Porque eu testifico a todo que ouvir as palavras da profecia deste livro, que se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre eles as pragas que estão escritas neste livro; E se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida e da cidade santa e das coisas que estão escritas neste livro. Aquele que testifica todas estas coisas, diz : Certamente cedo venho. Ámen. " Apocalipse 22: 18,20
Acho que para isto ter sido escrito, é porque Deus sabia que muitos haveriam de tentar mudar ou usar a sua própria inteligência para embelezar mais uma coisa ou outra, ou então retirar alguma informação que porventura poderia chocar alguém. Acredito nisso. Uma coisa é certa, não podemos deixar de seguir os mandamentos Dele, só por termos dúvidas em relação à veracidade da Bíblia. Podemos pesquisar, podemos tentar saber mais, mas se nós fizermos o que Ele nos manda na Sua palavra e se a nossa consciência não nos acusar, acho que ficaremos bem. Mesmo que a palavra tenha sido algo adulterada, Deus não nos julgará por isso, porquanto não somos culpados disso e no entando mantivemo-nos fiéis.
Acho que o essencial foi transmitido, mesmo que muita coisa não tenha sido escrita ou que não concordemos com algumas coisas.
O importante é amarmo-nos uns aos outros e a Deus. É fácil amarmos uma coisa que vemos à nossa frente, não é? Amar alguém por aquilo que essa pessoa é, sem a vermos...também é possível, não é? Se conhecermos a sua natureza, o que essa pessoa fez e faz, podemos sentir muita coisa. Amor, carinho, gratidão, orgulho, felicidade...e é isso tudo que eu sinto em relação a Deus. É o meu Paizinho, meu amigo, meu confidente, meu consolador nas horas difíceis, meu protector...ele é tudo!
Eu não o julgo, porque quem sou eu para julgar Deus? Não sou nada, ninguém...
"Quem conseguirá entender os desígnios de Deus?"
Um dia conseguiremos perceber muitas coisas, mas quando tivermos a alegria de entrar na grande Jerusalém celestial...onde Deus diz que : "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano aquilo que Deus tem preparado para aqueles que o amam" I Co 2:9

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Deus criou o mal?



À primeira vista pode parecer que se Deus criou todas as coisas, então à partida também terá criado o mal.

Mas há aqui um pressuposto que deve ser esclarecido. O mal não é uma "coisa", como uma pedra, ou electricidade. Não podemos ter um pote cheio de mal. O mal é algo que acontece, como o acto de morrer.

O mal não tem uma existência própria, mas na verdade, é a ausência do bem. Por exemplo, os buracos são reais, mas só existem em alguma coisa. À ausência de terra damos o nome de buraco, mas o buraco não pode ser separado da terra.

Quando Deus criou todas as coisas, tudo o que existia era bom. Uma das coisas boas criadas por Deus foi as criaturas com liberdade de escolher, com livre arbítrio.
Então Deus permitiu que os anjos e humanos pudessem escolher o bem ou o mal. Quando algo de mal acontece a alguém, não quer dizer necessariamente que tal situação, que o mal foi criado por Deus.


Outra ilustração : Se eu fosse perguntar a alguém se o frio existe, a maioria ia responder "claro que sim", mas a verdade é que o frio não existe!
O frio é apenas a ausência do calor, assim como a escuridão não existe, sendo a ausência de luz. E ainda da mesma forma, o mal é a ausência do bem. O mal é a ausência de Deus. Deus não teve que criar o mal, apenas permitir que houvesse a ausência do bem.


Se Deus não tivesse permitido a possibilidade do mal, tanto os anjos como a espécie humana, estariam a servi-Lo por obrigação, não por escolha própria. Ele não quis "robots" que fizessem o que Ele gostaria que fizessem por terem sido "programados" assim. Deus quis que tivessemos livre arbítrio e escolher se gostaríamos de O servir ou não.

Mas basicamente, não há uma resposta que possamos ter e compreender perfeitamente, porque "como seres humanos limitados, jamais poderemos compreender inteiramente um Deus infinito. ( Romanos 11:33-34 )
Às vezes pensamos que sabemos porque Deus fez determinada coisa e mais tarde descobrimos que afinal o plano Dele era completamente diferente do que tínhamos pensado! Deus vê as coisas sob uma perspectiva eterna. Nós vemos sob uma perspectiva terrena.

E outra pergunta que muita gente faz é : Porque é que Deus criou o homem e a mulher se já sabia o que eles iam pecar e que consequentemente trariam o sofrimento para toda a humanidade? Porque é que ele não nos criou e deixou-nos quietinhos no céu, onde não há dor nem pecado e onde viveríamos felizes para sempre?

A melhor resposta que me ocorre é esta : Deus fez-nos à Sua imagem. Deus tem sentimentos, tem vontade própria, e da mesma forma que Ele é assim, também quis que fossemos parecidos com Ele, tal como qualquer pai no fundo sente orgulho em ter um filho que tenha parecenças com ele. Mais uma vez saliento que Deus não quer robots para O adorarem, Ele não obriga ninguém a vir até Ele. Se nunca tivessemos sentido a experiência do mal, saberíamos verdadeiramente dar valor às coisas boas da vida?

A liberdade de escolha e liberdade de expressão foi-nos dada por Ele desde o início da Criação. Ele é Amor e quer ser amado por aquilo que Ele é, tal como qualquer um de nós deseja ser amado por aquilo que nós somos...e nunca por obrigação.
Devíamos sempre pedir-Lhe sabedoria para fazer as escolhas certas, respeitar o nosso próximo e todas as criaturas, que foram criadas para viverem felizes no mesmo planeta que o nosso, que nos fazem emocionar com a sua beleza, que nos ensinam a amar, que têm a capacidade de amar incondicionalmente.
Eu acredito verdadeiramente que todas essas criaturas têm uma alma, porque têm sentimentos. Acredito também que Deus as ama, porque são criação Dele e qualquer criador tem orgulho na sua obra. Eles adoram a Deus à sua maneira. Respeitam o planeta e a vida. Fazem exactamente o que Deus lhes ordenou desde o início. "E Deus os abençoou, dizendo : Frutificai e multiplicai-vos e enchei as águas nos mares (peixes) e as aves se multipliquem na terra" (Genesis 1:22).
Nunca desobedeceram a Deus nisso. Também fazem maldades, é verdade...mas também sentem dor tal como nós, sabem o que é perder alguém, tal como nós...mas não foram corrompidos pelo mal, por isso podemos aprender muito com eles. Principalmente a amar...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Declaro o meu amor...




Já falei sobre isto, mas gosto de relembrar...

Alguma coisa sempre me disse que ele era especial, mas este oceano aterrorizava-me e eu fugia...

Mas Deus um dia puxou-me pelo braço e disse : Pára de fugir...

E agora amo-o, não por ser aquilo que eu sonhava, mas por ser muito mais do que alguma vez sonhei...

Amo-o não só por aquilo que ele é, mas por aquilo que me faz sentir quando estou com ele, por me ajudar a ser uma pessoa melhor todos os dias...

Amo-o pelo seu todo e quero amá-lo para sempre...
Já se emocionaram quando falam de alguém? Eu emociono-me quando tenho de revelar a sua alma, o seu amor por mim...
Sinto-me uma sortuda por ser tão amada e esboço um sorriso ao escrever estas coisas...
Há alguns anos, quando escrevia, esvaziava a minha alma, eram lágrimas de tristeza que corriam...
Agora as lágrimas são de felicidade!
Eu sei que a felicidade não é um bem adquirido. Tenho consciência de que não é uma coisa estável.
Tantas coisas na nossa vida e à nossa volta se encarregam de nos deixar abatidos...
Só seremos plenamente felizes quando estivermos ao lado do nosso Pai e Criador, mas enquanto estivermos aqui, podemos nos esforçar por sermos felizes, positivos, amorosos, atenciosos...e eu quero melhorar isso, também.
Deus sabia que íamos precisar de uma alma gémea para nos abraçar e dizer que vai ficar tudo bem, quando estamos tristes.
Mesmo quando sabemos que não vai ficar tudo bem, por momentos estamos em paz, porque estamos nos braços de alguém que amamos e que nos ama.
É assim que eu me sinto. Que estou nos braços da minha outra metade...
Se por ventura perdermos esses braços, também iremos perder a vontade de abraçar, de sorrir...e a felicidade passa a ser só um pontinho lá longe, no fundo do horizonte...e parecerá demasiado longe, demasiado difícil alcançá-la novamente.
Mas eu tenho fé que vou ter sempre esses braços que eu amo tanto! :)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Alma em relaxamento...



Estive uns dias doente, mas graças a Deus já estou muito melhor e é bom voltar ao trabalho e ainda por cima numa sexta-feira! :)
Pus esta imagem do fundo do mar, porque é a imagem que tenho agora no meu ambiente de trabalho e sempre que olho para ela, fico relaxada.
Imagino-me sentada numa rocha, debaixo de água, a respirar normalmente, a ver os peixinhos a passarem por mim, tentando identificar cada um deles...e é bom sonhar, não é?
Detesto estar doente, por isso quem me conhece bem sabe como eu fico. Desensofrida, falta de paciência, alguns neurónios chegam a entrar em conflito e a querer esturricar, mas o que vale é que foram só dois dias de agonia. Já passou...
Espero que tenham um óptimo fim de semana, porque eu quero e vou ter concerteza!
Acho que vamos ter sol por estes lados e vou aproveitar para sair, mas sempre com cuidado, para não apanhar uma recaída!
E estar cada vez mais apaixonada também ajuda à recuperação! Acho que em relação a isso tenho de agradecer ao meu noivo, que foi e continua a ser um querido, fazendo-me sentir muito amada! Quem disse que o AMOR não cura tudo?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Foi quase sempre assim...




Vou deixar aqui o relato da minha experiência no que toca a gordurinhas a mais...

Desde adolescente que me lembro dos comentários, das frases soltas em relação ao meu aspecto e comecei a minha primeira dieta aos 14 anos de idade.
Um ano antes tive de ficar em casa como doméstica da família e isso deixou-me numa depressão muito grande, embora pouca gente tenha se apercebido disso.

O meu pai um dia lembrou-se que eu não ia ser nada na vida e eu nunca chumbei ano nenhum na escola, mas ele achou que devia ganhar mais habilitações a fazer almoços, jantares, a lavar roupa e a limpar aquilo que todos sujavam e nem me podia queixar, porque afinal, tinha um tecto sob a cabeça.


Foi mesmo muito difícil para mim. Chorei muito. Foi muito humilhante ter de dizer às minhas melhores amigas que o meu pai não me deixava estudar naquele ano. Elas perguntaram-me porquê (como se esperassem que eu fosse dizer que tinha feito alguma coisa de muito grave para merecer tal coisa)...mas nem eu tinha uma resposta concreta. Nem teria coragem de lhes dizer que o meu pai não tinha qualquer esperança em mim. Seria demasiado cruel para mim própria admiti-lo em voz alta.

O que fazia a Marisa nas horas vagas? Via televisão e comia. Nunca fui incentivada a sair, muito pelo contrário. E conviver com pessoas aborrecia-me e só de saber que me iam perguntar porque não estava a estudar já me fazia perder a vontade de sair. Além disso, a viver no campo, não havia muito para se fazer. Engordei...pronto.

Foi um ano assim, com pavor a encontros sociais. Todas as vezes a Marisa deparava-se com a pergunta, sendo esboçado um sorriso daqueles bem falsos : Estás mais gordinha, não estás?

O tempo passou e de repente o meu pai decide que eu já podia voltar a estudar e como sempre o recado foi-me transmitido pela minha mãe.

Fiquei contente obviamente, mas tinha mais 10 ou 15 Kg em cima do lombo. Era uma felicidade pela metade. Agora ia ter de enfrentar outros problemas. A vergonha...

Depois de algumas críticas, decidi que era altura de tentar qualquer coisa.
Não deixei de comer nada, só comia menos. Lembro-me de ver os pratos de toda a gente à minha volta cheios de comida e o meu nem metade tinha. Eu própria é que me servia assim. Mesmo assim, apesar de verem que me estava a esforçar, gozavam comigo. Não me lembro quanto tempo fiz isso, mas o que sei é que perdi peso rapidamente e passado pouco tempo já ouvia comentários em relação a isso.

Como nunca usei balança, não sabia ao certo quantas gramas emagrecia, tal era o meu pavor em ver o peso que ia aparecer...e ainda hoje é assim. A forma que eu tenho de ver se emagreci é pela roupa que visto diariamente. É menos traumático para mim...
Só tenho coragem de me pesar quando sei que não me vou assustar. E a verdade é que nessas alturas até pulo de alegria depois. É incrível como a nossa auto estima aumenta nessas alturas.
A minha irmã diz que o meu rosto até brilhava de felicidade e acredito que sim...
Pode ser que um dia ele volte a brilhar...
Quando acontecer, vou iluminar todos à minha volta! :)