sexta-feira, 26 de março de 2010

É desta...


Sim, meu amor...é desta que vamos ao Pico! :)
Passaremos pelos tradicionais e simpáticos senhores que se sentam fora dos cafés, a por a conversa em dia e que acenam quando passamos de carro (mesmo sem nos conhecer), verás o sítio das videiras, as piscinas naturais, as paisagens lindas e diferentes, as vaquinhas a pastar a quase 2000 metros de altitude...e felizes!
Estou ansiosa para irmos! Será uma experiência diferente e temos que tirar muitas fotos para depois recordarmos mais tarde!
Hoje é sexta-feira, o último dia de trabalho antes de ir de férias. É uma sensação tão boa! :)
Nem acredito que a partir de agora, a minha vida mudará! Apesar de sentir um ligeiro nervosismo, estou feliz!

terça-feira, 23 de março de 2010

A Primavera chegou...

Hoje, quando deixei a minha filhota na escola, vi uma árvore a mostrar as suas primeiras folhas...e descobri que minha laranjeira está em flor! Adoro o cheirinho!
O meu amor chega amanhã e queria muito que o tempo estivesse bom para ele aproveitar o sol, o ar puro...mas o importante é que vamos estar juntos...dentro ou fora de casa! : )
Tenho tantas coisinhas para fazer hoje e nem vou saber bem por onde começar!
Fico sempre nervosa, é espantoso! É como se fosse a primeira vez...
Uma tia minha disse : "Esse homem não faz outra coisa senão passear?"
Bem... isto não é bem passear, disse-lhe eu. É um investimento de amor, a longo prazo! ; )

quarta-feira, 17 de março de 2010

Grito silencioso...


Quero abraçar-te em silêncio...
Deixar sair o que sinto...
Aquilo que me atormenta...
Preciso de ti...
Quero sentir-me segura outra vez...
Ver o brilho dos teus olhos quando estamos juntos...
Fazes-me tanta falta, meu amor!

A tua voz acalma-me e excita-me...
O teu toque em mim é mágico...
Fecho os olhos e ainda penso que estou a sonhar...
Mas não...
Finalmente encontrei o homem da minha vida...
Espero conseguir amar-te como mereces...
Se algum dia nos separarmos, não será por falta de amor...
Mas porque os nossos corpos deixaram de existir!

Trabalhar...para quê?


Pois é...porque este é o meu pensamento agora. Para quê trabalhar se não ganhamos nada com isso, se não nos pagam?
Não seria melhor estar em casa a limpar o pó? Pelo menos ganharia em ver a casa limpinha e arejada!
País da treta, que dá imunidade a estes filhos da p... que prejudicam os seus funcionários e ninguém vai em cima deles (porque custa muito dinheiro)!
É revoltante! Se houvesse uma justiça a funcionar decentemente, as coisas não estariam assim...e quem se queixa dessas injustiças acaba quase sempre por ficar com prejuízo! Isso para mim não faz qualquer sentido.
Hoje em dia as pessoas não vivem...sobrevivem. Os patrões querem escravos e não funcionários com direitos...e os seus desejos estão prestes a se concretizar.
Infelizmente, as coisas caminham neste rumo...e sinto-me frustrada, triste pela falta de respeito que existe uns pelos outros.
O Governo incentiva a trabalhar, a investir, mas da mesma forma que dá com uma mão, tira com a outra, por isso para quê darmo-nos ao trabalho?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Não estamos sós...



Quando as coisas nos correm mal, queremos sempre uma resposta e temos tendência a perguntar "porquê", quando a pergunta que devíamos fazer é "para quê".
Mas mais cedo ou mais tarde a resposta a essa pergunta virá. E a maioria das pessoas consegue ver que tudo aquilo tinha que acontecer para sabermos como agir ou dar valor a situações ou a pessoas que mais tarde iriam aparecer na nossa vida.
Na altura deixamo-nos abater, choramos muito, sentimo-nos sem rumo, sem saber o que fazer, mas no fundo eu sei que Deus tem um propósito com aquilo tudo...e no final acabamos por sorrir.
A Bíblia diz que as provações e as dificuldades servem para nos fazer crescer e a longo prazo são para o nosso bem.
Quando estou mesmo ansiosa por uma resposta, falo com Deus e peço para Ele falar comigo. Fecho os olhos, abro a Bíblia e onde abrir, olho e nunca aconteceu os meus olhos baterem no sítio errado. Eu li sempre algo que me deu uma resposta. Mas é claro que para obtermos essas respostas é preciso acreditarmos que alguma coisa Ele nos quererá dizer e é preciso lermos com atenção.
Depois de ler, as lágrimas costumam cair, de gratidão e admiração porque sei que nunca preciso de me sentir sozinha, porque na verdade nunca estou...nunca estamos!
É uma ilusão pensarmos que estamos sozinhos (isto para quem acredita num mundo espiritual).
Sou uma pessoa com fé, acredito em coisas que não vi acontecerem e acredito que Deus existe.
Da mesma forma que sinto o vento a tocar-me e não o consigo ver, sei que Deus existe e irei acreditar nisso até estar de caixão pra cova! :)

sábado, 13 de março de 2010

Sentir paz num lugar...




Ao verem estas fotos aposto que conseguem imaginar o que sentiriam...
Infelizmente não conseguem ouvir os sons, porque aí conseguiriam perceber porque vou ter tantas saudades desta ilha.
O silêncio, o som do mar ao longe ou então perto, os pássaros, o cumprimento de uma vaca quando nos vê, o ar fresco e saboroso, porque quase o conseguimos provar. As cores dos campos, a cor do mar, tudo é natural e lindo, pelo menos para mim.
Nasci e cresci aqui. Todas as recordações, boas e más, foram aqui que nasceram.
À medida que os dias passam, as saudades apertam, porque sei que terei de me despedir...
Não só desta ilha, mas de pessoas que são muito queridas para mim.
Aquelas poucas que sempre foram minhas amigas...
Sei que um dia voltarei, mas até esse dia chegar, vou tentar ser alguém cujo coração é Açoreano, mas cujo corpo vagueia por Lisboa...e que está apenas a tentar ser feliz.
Antes, a única coisa que me fazia sorrir era estar nesta ilha, o orgulho que eu sentia de a conhecer, de ter andado descalça pelos campos, ter apanhado muitas flores e verificar sozinha que depois de as arrancar, que no ano seguinte elas acabavam por nascer outra vez...
Acordava com um galo da minha vizinha a cantar e só depois o despertador tocava. Quando saía de casa para ir para a escola, muitas vezes ainda era noite. Subia a rua a pé e olhava para o céu cheio de estrelas. Cheguei a ver estrelas cadentes...e esperar 1h sentada, a olhar para o céu a clarear. Só aí é que as pessoas começavam a chegar à paragem de autocarro. Eu era sempre a primeira a chegar. Isso é quase um facto histórico na minha freguesia.
Ah...e o som ensurdecedor dos grilos no Verão, que não me deixavam dormir. Os continentais acham-lhes piada. São sons diferentes do que estão habituados, talvez.
E os cagarros ( parecidos com gaivotas, mas são cegos durante o dia). Aparecem à noite e fazem barulho bastante. Coitados do que vivem perto do mar. "Aua...aua...aua...aaaaaaaaah!!!"-e não é baixinho! Quando ia acampar perto do mar, tinha que por uma almofada em cima da cabeça, para abafar o som...e sabe-se lá quando é que conseguia adormecer.
Clima húmido, muito húmido. Só quem vive aqui há muitos anos é que consegue não reparar nisso. Há pessoas que chegam aqui e sentem o ar pesado e até dificuldade em respirar (os que têm problemas respiratórios não devem estar aqui muito tempo).
Eu não vejo diferença nenhuma. Os meus pulmões habituaram-se a isto.
É tudo uma questão de hábito, acho eu. Assim como terei que me habituar ao cheiro do fumo dos carros, aos apitos (por tudo e por nada), a cara de stress das pessoas a segurar o volante do carro e pensativas...provavelmente a pensar que não sabem o que fazer para serem felizes ou para terem um pouco de paz e fugir à rotina do dia a dia.
É uma ilusão minha dizer que essas coisas não me irão afectar. Sei que existirão dias que vou estar tão em baixo que nem o chegar a casa e ter todos os meus amores à minha espera me irá animar. Sei disso e espero que eles não levem a mal. É uma transformação grande que terei passar, mas a minha alma continua a mesma.
Alma de menina que talvez não tenha crescido tudo...e talvez gostasse de continuar a ser menina, mas é-lhe impossibilitada essa escolha. Para onde vai, ela não pode ter a mesma doçura e a mesma ingenuidade.
Terá de aprender muito ainda...
"Onde vos retiver a beleza de um lugar, há um Deus que nos indica o caminho do espírito" - Natália Correia

quinta-feira, 11 de março de 2010

Beijinho de uma borboleta...



Foi assim que o imaginei ontem à noite...
Fechei os olhos e sonhei que me acordaria com os seus lábios que me tocariam de leve na pele...
E ainda sonolenta, esboçaria um sorriso de satisfação, por ser ele o meu amor...
As suas mãos acariciaram o meu cabelo e eu soltei um gemido de prazer, com o pensamento de que sou uma mulher feliz, porque sou dele...
Conheço o homem que me ama e ele conhece-me a mim...
Somos o amor um do outro.
É lindo por dentro e por fora por isso sinto ciúmes dele. Podem querer roubar-mo, ou não?
Será que se arriscariam a tentar? Será que ele conseguiria abster-se da tentação?
Muitas perguntas e respostas que às vezes não me tranquilizam, não sei porquê...
Insegurança, talvez. Traumas do passado que não me deixam confiar por completo...
Mas irei conseguir...

sábado, 6 de março de 2010

Um Verão e nós...


Sonho com um Verão nosso do princípio ao fim...
Ter-te deitado ao meu lado, ouvir-te murmurar ao meu ouvido os teus desejos...
As ondas do mar, a brisa que nos irá consolar do calor...
Quero fechar os olhos, abri-los e verificar que não estou a sonhar, que estou mesmo contigo...
Ouvir o teu "amo-te" que me aquece a alma e faz-me sentir mais tua...
Quando penso em ti, penso em como apareceste na altura certa.
Trouxeste um novo significado à minha vida. Conquistaste o meu coração. Foste uma surpresa para mim. Lutei algum tempo contra o que sentia, porque depois de tanta dor e desilusão, o meu coração não aguentaria outra ferida, mas tu tiraste-me o medo. Os teus actos de amor prenderam-me a ti. Foi tão bom deixar de sentir medo. Foi tão bom poder confiar novamente.
Quero amar-te e respeitar-te todos os dias da minha vida.
Quando acordares e olhares para os meus olhos ainda fechados, quero que sintas vontade de me acordar com um beijo, quero que sintas que sou tua mulher, tua amiga...o que quiseres que eu seja, mas que tenhas a plena certeza que até mesmo a dormir, estou a amar-te...

sexta-feira, 5 de março de 2010

E foi nesta maravilhosa ilha...




Sim, foi na ilha dos meus avós maternos, no Pico, na freguesia de S. Mateus, com meia dúzia de anos, numas férias, que conheci a chamada retrete ao ar livre (como se pode ver na foto acima).
Quando digo "ar livre", é porque geralmente ficavam sempre mais afastadas da casa e quando nos sentávamos, sentíamos uma brisa...
Só que esta da foto é muito mais chique, não se vêem moscas pelo ar e há um buraco a mais, provavelmente para algum mais aflitinho que não consiga esperar!
Sim, porque eu não me imagino a estar a c.... evacuar (como diz o meu noivo) e de repente entrar alguém "arrelampado" por ali dentro, baixar as calças e fazer o que tem a fazer, como se nada fosse!
Só de pensar nisso é o suficiente para um ataque de riso, mas se realmente acontecesse, é possível que essa pessoa ficasse com o zumbido do meu grito nos ouvidos, uns quantos dias!
Numa ilha com pouca terra fértil, o "adubo" era uma coisa preciosa naquele tempo! Mais tarde descobri isso, que as pessoas usavam aquilo para misturar com a terra e semearem batatas, couves, cenouras...
Pois..."nunca mais como batatas", pensava eu.
E com a minha inteligência muito certamente afectada por essas substâncias impregnadas nas batatas, uns dias mais tarde pensei que comer pimentas vermelhas seria uma boa ideia. "Talvez fossem como os morangos..."
A minha avó tinha um arbusto ao pé das escadas cheio de pimentas vermelhas pequeninas e eu achei que provar uma coisa tão bonita podia ser uma boa ideia!
Pois é..."Áaaaaaaaaahhhhh...gua!!! Geeeeeee....lo!!!
Comer pimenta de piri piri logo pela manhã tem muito que se lhe diga! Pode até matar os bicharocos todos cá dentro, como dizem, mas dói!!!
A minha avó tinha muitas cabritas. Ela fazia queijo de cabra. Elas comiam folhas de incenso, cujos ramos ela ia apanhar todas as manhãs para lhes dar. Algumas aventuravam-se a fazer malabarismos em cima dos muros de pedra. Eu achava-lhes piada. Eram cómicas e a minha avó também, a tentar convencê-las que o melhor sítio para se andar era no chão! Hehehehe!
A pesca dos lagartos (os continentais chamam-lhe lagartixas). Os meus tios iam buscar as suas canas de pesca, punham fruta nos anzóis e andavam a ver quem apanhava mais lagartos! Punham-se em cima do muro e deixavam cair o anzol até mais abaixo e quando um mordia, vinha de volta acima! Era um hobby deles, a bem dizer...
Eu tinha medo que me pelava!!!
Não gostava...eram feios e...mexiam-se demais para o meu gosto! Os lagartos, não os meus tios...
O meu avô...aaaah o meu avôzinho! Tão querido que ele era, com aqueles seus olhos azuis!
Sempre que sabia que as netinhas o iam visitar, nessa manhã levava o seu cão e ia apanhar amoras.
Quando chegávamos, ele tinha uns 2 Kg de amoras para comermos! Enchíamos as tigelas, espalhávamos um pouco de açucar e depois acrescentávamos leite fresquinho! Ainda hoje, eu e as minhas irmãs quando apanhamos amoras e conseguimos resistir sem comê-las até chegar a casa, temos tendência a comê-las assim.
E foi nessa ilha maravilhosa que do lado sul da ilha dei um mergulho e saí da água com uma alergia na pele. A água ali é mais salgada. Presumi que fosse disso. Parecia que me tinham fustigado com um vime e fiquei com marcas vermelhas, na barriga principalmente. Ardia um pouco. Depois de tomar um banho, umas horas depois, desapareceu.
O meu noivo diz-me que sou pior do um político, porque prometi que o levava ao Pico e ainda não fui lá com ele. Mas da próxima vez, vamos. Quer chova, quer faça sol. Prometido!
Quero mostrar-lhe as pimentas, as retretes do Pico...os velhotes simpáticos que passam a sua tarde sentados fora dos cafés e acenam quando passamos de carro e a minha avó, que já não me vê há muito tempo!
Sou Açoreana, não conheço muitas ilhas, mas irei escrever sobre as que conheço...
E servirá para um dia mais tarde ler, relembrar e sorrir!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Nevou na minha ilha...










Sábado à noite nevou e no Domingo já havia pouca neve, mas ainda deu para muita gente voltar a ser criança outra vez! Bolas de neve, bonecos com nariz de cenoura e fotos, muitas fotos para mais tarde recordar!
Eu e a minha filhota passámos o dia em casa. Estava demasiado frio para ir lá acima e além disso, o meu pópó (coitadinho), da maneira que é leve, ainda se lembrava de fazer ski pela estrada abaixo e depois pela encosta abaixo e ele já fez muitas coisas na vida, mas ainda não aprendeu a voar...
Seja como for, ficam aqui algumas fotos para apreciarem! : )

Por um fio...



Já faltou mais para eu me passar...
Sou muito paciente (até demais às vezes), mas tenham cuidado quando esgotam a minha paciência. Sou como um saco que vai sendo enchido e as pessoas que o vão enchendo não fazem a mínima ideia do que poderá acontecer. Eu não sou como um saco de papel, cujo som ao rasgar-se servirá de aviso...não, não.
O meu saco é forte, suporta muito, aguenta muito...por isso acho até que é mais como um balão.
Ao fim de muito tempo poderá ter dentro o equivalente a uma bomba atómica. Imaginem o grau de destruição...
Pouca gente já me viu passar por completo dos carretos e não é bonito, garanto-vos.
Aconteceu na escola primária umas quantas vezes. Quando me faziam passar por mentirosa, por exemplo. Houve poucas testemunhas.
Eu dava pancadaria e esperava a resolução do problema depois. A verdade vem sempre ao de cima, não é? Lembro-me perfeitamente que alguma coisa me fazia "acordar" e parar.
"Chega...já chega..." eram essas as palavras que ouvia na minha mente...
Era como se tivesse uma energia dentro de mim que precisava ser posta cá para fora.
Tenho medo de mim nessas alturas e peço a Deus que me dê controle sobre mim mesma.
Não suporto injustiças, cinismo, hipocrisia! Deixam-me fora de mim! Espero que as coisas mudem depressa, porque não sei quanto mais tempo aguento...