quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O preço da traição...




Hoje vou falar de traição, porque é um assunto polémico nos tempos que correm. 
Sim, porque traição no século XXI é só se houver relacionamento sexual efectivo. Sim, se tiverem em vias de facto e não chegar a acontecer, não foi traição. Um bocadinho estúpido, não é? Eu acho!
A meu ver, a traição tem a ver com a falta de valores e falta de amor. Essa coisa do acidente comigo não dá. Quando se ama verdadeiramente, não se trai.  
As traições são como a roupa, vêm em todas as formas e feitios. Umas mais soltas, mais à vontade, outras menos destapadas, mais púdicas...mas todas elas são capazes de se despirem de preconceitos como a honra, a fidelidade, as promessas, os sentimentos...sim, porque tudo isso são balelas e não valem nada perante um forte desejo de satisfação imediata!  
Mas também existem aquelas traições entre amigos, entre familiares, as traições pela ganância de dinheiro, heranças... 
Quais serão mais graves? Será que podemos utilizar uma escala que tenha a capacidade medir? 
Na Bíblia está escrito que no final dos tempos iria haver muita discórdia entre as famílias, pai contra filho, filho contra pai...só não especificou o porquê, mas não importa, porque discórdias sempre existiram desde o princípio dos tempos, mas o que queria que ficasse bem assente é que nunca se viu até hoje tanto desrespeito dos filhos pelos pais e até vice-versa, como vemos hoje. 
Eu nunca imaginei ver isso a acontecer no seio da minha família, mas infelizmente vejo. Vejo uma traição tão grande, mas tão monstruosa, sem qualquer grau de pudor, que me arrepia. 
Um pai abandonar um filho é triste, mas um filho abandonar um pai também o é, especialmente quando ele mais precisa. 
Os pais fazem tudo pelos filhos, dão-lhes tudo o que podem e muitas vezes até quando não podem e mesmo assim não conseguem mostrar gratidão. É um sentimento que parece ter sido substituído pela traição. Geralmente quando não estamos gratos por aquilo que temos, o resultado é a insatisfação e a partir daí os passos são rumo à traição. 
Sou de opinião que quando existem problemas o segredo para se começar a resolvê-los é a comunicação. Falar abertamente, abrir o coração, sermos sinceros. Sempre. Sem que fique nada por dizer. Isto é tão importante, mas as pessoas esqueceram-se do que isso é. O computador substituiu a mesa, a sala, as conversas, as gargalhadas, a luta de almofadas...tudo o que é saudável e que pouco a pouco vai destruindo as famílias a um ritmo alucinante!
A família é sagrada e deveria ser tratada assim, com esse cuidado, respeito e reverência. 
Mas sabem uma coisa? Cada vez mais eu vou me afastando da ideia que família tem a ver com laços de sangue. Não tem. Para mim nunca foi essa a minha ideia. 
Família é um grupo de pessoas que se conhecem e até podem viver juntas, mas que se respeitam e sabem o que é amor. Sabem o seu lugar dentro do seu grupo e mesmo estando numa hierarquia abaixo, nunca se sentem inferiorizadas porque sabem que cada um tem o seu papel crucial para que todos sejam felizes. Existe entre-ajuda, compreensão, o cuidado em escutar e questionar sem ferir ninguém, haver carinho e demonstrações disso, com actos e não só com palavras. Isto é que é uma família!
Se são do mesmo sangue ou não, isso não importa. Desde que se mantenham unidos. Mas para isso exige trabalho de todos, não só de um. Custa. Por vezes temos de fazer coisas que não gostamos, mas o pensar positivo é crucial. O resultado vale sempre a pena!
A doença do século não é apenas a traição aos que amamos, mas também traímos a Deus todos os dias que nos levantamos de manhã e pensamos em atraiçoar quem nos ama. 
"Aquilo que fizerdes aos outros, a Mim também o estarás a fazer..."
Um dia seremos todos julgados por isto e outras coisas, mas não custa saber que estamos a apunhalar o Mestre dos Mestres pelas costas? Essa ideia aterroriza-me. 
As tentações virão...
Apareceram no início da humanidade e existirão sempre, mas estamos neste mundo para aprender a vencê-las, porque a grande maioria são para nos destruir e não para nos fazer sorrir...


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O meu adeus...




Não levei flores, não tive tempo. Mal soube, corri para a casa onde tu estavas. Estavas num caixão, coberto de flores lindíssimas. Parecias tão pacífico. Todos te tocavam e te beijavam como se ainda ali estivesses. De certa forma estavas. O teu corpo. A tua alma porém, já estava num lugar de paz e de alegria. 
Foi muito difícil para mim ver-te ali, deitado, sem vida. A tua família estava destroçada, saudosa, como se lhe tivessem tirado um bocado do coração naquele momento...e se a mim doeu, imagino o que não lhes está a doer agora. Eu sei que tu sabes que estas coisas custam sempre e que as saudades são uma coisa que provavelmente irão sentir até partirem para perto de ti.
Não eras minha família de sangue, mas eras de coração. E no teu coração eu também sei que era especial para ti. Lembro-me das vezes que comi sentada ao teu lado e falavas pouco. Mastigavas, bebias, olhavas para mim e para a tua mulher e escutavas com atenção o que falávamos.
Sei que terias uma opinião sobre o que estaríamos a dizer e pensavas profundamente naquilo, mas não dizias nada. Simplesmente pensavas e pensavas...
Talvez pensasses no quanto era injusto o que se estava a passar, no quanto tudo seria diferente se eu tivesse uma família como a tua, se te tivesse tido como pai ou avô...
Ontem foi um dia difícil para mim, pai...avô...Mário. O teu silêncio desta vez é permanente, não é só por algum tempo. Não posso esperar ouvir a tua voz ou ver-te sentado no sofá a ver televisão. Sim, vou ter saudades da tua presença silenciosa e calmante. 
Cada vez mais me capacito que não é o sangue que faz uma família. É o amor que se dá, que é dado...e felizmente tu sempre nos deste a todos a quem conheceste, o teu amor. À tua maneira, simples, sem complicações. Sim, segundo sei também resmungavas, também tinhas os teus dias maus, mas até esses, segundo me foi dito, eram perfeitamente suportáveis, pois não conseguias ficar chateado muito tempo. És como eu nisso...
Com o tempo aprendi que de nada vale ficarmos a remoer o que já passou. É uma coisa que nos mata por dentro, destrói as nossas emoções e a nossa vontade de viver...
É verdade que há muitas pessoas que só se sentem bem vendo os outros no mesmo estado que eles, com as mesmas preocupações, com as mesmas ambições. Se soubessem o quanto isso é disparatado, cavariam um buraco para se esconder!
Apesar de ter descansado, sinto que dormia o dia todo. Continuo a precisar de energia. Sinto que fui sugada ontem. Ver toda aquela dor, todas as lágrimas, aguentar-me para não chorar, querer que nada daquilo estivesse a acontecer, embora soubesse que mais cedo ou mais tarde iria acontecer, ser egoísta e altruísta tudo ao mesmo tempo...
Por isso é que na cerimónia religiosa o pastor disse: Sabem porque a morte nos afecta tanto? Sabem porque independentemente de ser uma pessoa nova ou idosa, ter morrido tragicamente ou de doença prolongada, nós nunca estamos à espera? Porque o ser humano não foi criado para morrer...
É é verdade. Hoje, deveríamos ser imortais no corpo e no espírito. Mas infelizmente entrou o pecado no mundo e o resultado foi ficarmos com um corpo mortal e que falha.
Espero que tu, pai e avô do coração, estejas a descansar e a passear por esse Jardim,no céu, lugar que Deus destinou para aqueles que são Dele.
Descansa em paz!




segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Um florescer no meio do nada...






Nunca imaginei que algo tão bonito pudesse florescer num ambiente tão árido e seco...

Estou surpreendida comigo mesma...porque eu sou essa flor...e acreditem que as lágrimas caem-me pelo rosto abaixo ao admitir neste momento que sou grata a Deus por Ele estar aos poucos a remendar o meu coração. Não sei se sabem, mas Ele por vezes utiliza pessoas, acontecimentos, frases que nos ficam na memória..para nos animar e dar força.

A nostalgia do que se passou lá atrás existirá sempre, mas não quero continuar a martirizar-me, porque isso só me vai tirar a alegria de viver e de sonhar. 

No entanto, a minha consciência talvez me diga que estou a ser demasiado ávida em querer ser feliz outra vez. Se calhar deveria ir com mais calma, dar tempo a todos à minha volta para se habituarem a me verem a sorrir outra vez. 

Sim, é verdade, eu fico com a sensação que algumas pessoas, incluindo família, não me compreendem. E porque penso eu isso? 
A experiência ao longo dos anos mostrou-me que eu realmente sou difícil de entender, sou uma ave rara, mas serei assim tão difícil de amar, ou sou eu que não deixo?
Se calhar estou à espera que apareça algo ou alguém que me dê essa resposta...
E será tão mau querer sentir que sou especial, que mereço sentir-me segura, tranquila, feliz?
No fundo talvez sinta que não mereça tanto...
Sei que agora tudo o que fizer terá de haver uma confirmação lá do Alto, para ter a certeza que corre tudo na perfeição, por isso ainda estou à espera dela, mas virá...
Veremos como se desenrola...e estarei aqui para continuar a abrir-vos o meu coração!



domingo, 20 de setembro de 2015

Até um dia, mãe...







Fui deixar-te ao aeroporto e não chorei, prometi a mim mesma que não o faria...mesmo que tu chorasses.
A viagem ainda é longa e difícil, porque quanto mais longe estiveres daqui, o coração vai apertando...
Foi bom ter-te aqui estes dias e vou ter saudades, mas...a vida é assim mesmo. Temos de seguir em frente...

sábado, 19 de setembro de 2015

Não...o tempo não volta atrás...





Aqui estou eu outra vez...
Hoje acordei um bocadinho triste, confesso, a pensar numa coisa em que muitas pessoas pensam. No tempo, no relógio, nos anos, nos dias, nos minutos, até nos segundos. Se pudéssemos voltar atrás, o que mudaríamos? E se houvesse uma máquina do tempo, até que ponto seria bom para nós estar sempre a voltar atrás?
Será que com tanta tecnologia, tendo o homem alcançado lugares tão longínquos e sombrios pelo universo fora, será que é suposto inventarmos uma máquina que nos faça poder emendar os nossos erros do passado? 
Por mais que gostasse, infelizmente tal coisa nunca será possível. Sabem porquê? Porque só vivemos uma vez...e se não conseguirmos ser o melhor que pudermos ser agora, hoje...então não haverá segundas ou terceiras oportunidades. Pensei muito nisso e no quanto desejava que muita coisa na minha vida pudesse ter sido diferente. Desejava não ter dito ou feito certas coisas, mas agora só me resta esperar que quem tenha de me perdoar que o faça e que eu consiga perdoar-me a mim mesma, também. Assumir um fracasso é sempre muito difícil...e dói muito cá dentro. 
Mas "a vida continua" (é o que todos me dizem), mas capacitem-se que não é por o dizerem centenas de vezes que eu me sentirei menos triste. 
Acho que passei tempo demais a ouvir coisas que me davam a entender que ainda me faltava alguma coisa para merecer ser amada, que talvez tenha começado a ser demasiado exigente comigo mesma...
O tempo realmente não volta atrás e só me resta aprender com tudo o que vivi, com as pessoas que conheci...e não permitir que a tristeza invada o meu coração. A nostalgia virá sempre, uma vez ou outra. Sim, mas não para me questionar o que teria acontecido se tivesse feito isto ou aquilo. Agora sei que há coisas que estão escritas e provavelmente não estava destinado por Deus que as coisas tivessem corrido de outra forma. Por mais que eu tivesse me esforçado o resultado teria sido sempre o mesmo. Quando há outro caminho a seguir, Deus coloca obstáculos e coisas no caminho para fazer-nos seguir noutra direção. Quem não está sensível a isso, por vezes leva mais tempo a mudar de rumo e por isso é que as coisas vão se tornando cada vez mais difíceis de suportar, porque as rochas passam a pedregulhos e depois Deus tem de levantar mesmo um muro enorme para que consigamos perceber que é para deixarmos de insistir, para pararmos de ser teimosos...e sim, admitir que não dá mais é muito doloroso e ficamos todos partidinhos por dentro, em mil pedaços, mas também sei que Ele não parte nada que não vá reconstruir mais bonito ainda!
É isso que me anima...é isso que me dá força. Sabem...fico emocionada cada vez que começo a imaginar o que o futuro me reserva. 
Quero começar a olhar para mim e sorrir...rir à gargalhada comigo mesma, gostar do que vejo, ser feliz com o que me for dado a cada dia e poder retribuir igualmente ou mais ainda.
Mais um pensamento que partilho aqui hoje...
Fiquem bem, porque eu vou tentar ficar também!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Açoreaninha outra vez...



Os meus dedos tremem ao recomeçar isto tudo de novo...colocar o que sinto no papel. 
Sempre que regresso aqui, ao meu cantinho, tenho sempre que relembrar que estou atolada em acontecimentos, memórias e que tanta coisa aconteceu desde a última vez que aqui estive, que tenho mesmo de pedir desculpa a vocês e a mim própria por ter estado tanto tempo ausente.

Vir aqui fazia-me tão bem, porque desabafava, exteriorizava o que sentia e a mágoa e dor tornavam-se passageiras, mas agora é tudo tão recente, tão fresco, tão sensível, que tenho mesmo de permitir-me chorar, deitar para fora tudo o que me preocupa.

Isto que deixo escrito talvez seja a única coisa tão minha que irei deixar a quem alguma vez me conheceu. Talvez assim me compreendam um pouco melhor...
Vivi cinco anos da minha vida num misto de emoções, de sorrisos e lágrimas, muitas injustiças, muitas mesmo...e tudo isso mudou-me. Sou uma nova mulher. Sinto isso. 
Tudo o que aprendi ao longo deste tempo numa grande cidade fez-me ver o quanto sou abençoada em ter um cantinho meu no meio do oceano Atlântico que me faz lembrar todos os dias a grandiosidade de tudo, até a de um pequeno escaravelho a trepar uma árvore...

Nestes últimos anos, os meus sonhos tornaram-se em pesadelos, a minha fé esmoreceu, mas continuo a acreditar. Acredito que por mais que sonhe em ter alguém ao meu lado que seja a minha outra metade, isso só irá acontecer quando Deus quiser que aconteça. O meu erro foi de uma forma impulsiva ter acreditado demasiado rápido. Acontece às melhores...

Tínhamos formas diferentes de ver o amor. O amor é paciente, é bom, não se enfurece, não fica feliz com a desgraça do outro...e ele era alguém que incentivava-me a ser alguém que eu não era nem queria ser. Comecei a ficar má...a atacar antes que me atacassem...a estar demasiadas vezes à defesa. Discussões atrás de discussões que me deixavam exausta mentalmente e emocionalmente, pois no final eu passava a acreditar que valia muito pouco. Valia pouco para tudo e todos...
Eu não queria ser assim e tive de procurar ajuda, de fugir do que me estava a empurrar para o abismo...senão nunca mais de lá sairia.

Nunca mais encontraria a Marisa que eu conhecia e tudo de bom que eu tivesse dentro de mim iria ficar de tal modo destruído que só um milagre conseguiria refazer o que já estava desfeito.

Além de tudo isso, no meio de toda uma tempestade emocional, o meu pai morre...uma das pessoas mais importantes da minha vida. Eu não estava lá, não me despedi, tinha saudades dele, mas agora só restam as lembranças.
Sentia orgulho dele, mesmo sentindo algum ressentimento por coisas que eu sei que ele podia ter feito e não fez. Eu e ele éramos parecidos em algumas coisas, mas tão diferentes noutras!
Eu acredito que se ele tivesse feito certas coisas de outra forma, que ele ainda estaria entre nós. Mas de que adianta especular? O nosso tempo nesta Terra está contado. Deus sabe todos os nossos dias e chegou o momento do meu pai. Tenho de me conformar com isso. 
Sempre quis que ele sentisse orgulho de mim. Infelizmente ele era o tipo de pai que sentia mais orgulho nos filhos dos outros do que nos seus...pelo menos era isso que ele transmita algumas vezes. Nunca mo disse directamente, mas não era preciso. 
Foi um bom pai, mas causou-me algum sofrimento. Aquele tipo de mágoa que parece que irá ficar para a vida toda., mas sim, eu sei que tenho de perdoar, porque todos os erros que ele cometeu definem-me hoje e há muitas pessoas que gostam de mim como eu sou, por isso vou tentar valorizar-me um pouco mais a partir de hoje.
Independentemente do que eu tenha ouvido constantemente no passado, eu valho alguma coisa sim, nem que seja para Deus...e vou aproveitar tudo o que vivi para crescer interiormente, porque tudo isso fez-me uma pessoa mais experiente, mais sábia...mais forte!

Não sei quem me visitou e quem leu o que tenho escrito, mas percebi que muita gente veio "bisbilhotar", à procura de uma notícia, de um sinal da minha existência...e obrigada por isso!

Ainda não estou preparada para "sair da toca", mas sinto que vou recuperar...









quarta-feira, 27 de março de 2013

Sacrifício e sangue derramado...


A Páscoa faz-me lembrar das torturas, das cuspidelas, das chicotadas, do sangue derramado de Jesus...e saber que Ele fê-lo para que eu um dia pudesse ser Dele e estar com Ele, fico emocionada sempre que penso nisso, mas até hoje o ser humano continua a rejeitar esse sacrifício, a "cuspir" na cruz e no sacrifício que Ele passou.
O meu espírito ficou muito entristecido hoje de manhã enquanto esperava numa fila interminável nas Finanças. Ouvia uma senhora a falar ao telefone com alguém e o foco da conversa era "mas hoje ainda podemos carne, não podemos?"
Estava preocupada com a tradição e com o que deveria comer e não na realidade da situação. Duvido que muita gente pense nisso.
Passa-se por qualquer loja e supermercado e o que é que se vê?
Ovos da Páscoa, de todas as marcas, sabores, com amêndoa e sem amêndoa, etc...e no meio disto tudo, de tanta doçura, de tanto chocolate, onde está Jesus?
Ele não é exaltado ou motivo de conversa ou assunto em lado nenhum!
Ovos da Páscoa é de certa forma uma idolatria, a meu ver. Estamos a substituir um objecto, uma coisa que compramos apenas por gula (pecado) quando a glória e honra deveriam ser para Jesus. Será que os pais de hoje em dia sabem responder aos filhos ou informá-los (mesmo sem que eles perguntem) sobre a Páscoa? Nem pensam nisso. Pensam nas mini férias, nos jantares, no vinho, no convívio, nas compras de muitos ovos para oferecer aos amigos, mas esquecem-se de oferecer o mais importante, que é a verdade sobre a Páscoa, a verdade sobre a cruz. Os corações estão insensíveis a isso, eu sei...mas um dia, como diz a palavra de Deus, "todo o joelho se dobrará e toda a língua confessará que Ele é Senhor".
Por causa desse versículo bíblico é que quando ouço agnósticos (ateus) a brincarem com a situação, a minorizarem o sacrifício de Jesus, fico muitíssimo triste e revoltada por dentro, mas também tenho a certeza que esses um dia terão que reconhecer que estavam errados. Esperemos que ainda seja em vida, porque depois da morte será tarde demais.
Uma pessoa em concreto (não vou dizer quem) já me acusou de não ser uma cristã, por ter algumas reacções pouco amorosas e confesso lamentavelmente que não sou perfeita, mas de uma coisa eu sei...sei que amo a Deus e que Ele merece todo o meu amor e respeito. Quando todos me abandonaram, Ele nunca o fez. Sempre foi o meu socorro em dias de angúsita (que têm sido alguns) e o mais importante, eu sei que sou Dele. Sei-o com toda a certeza. Já me criticaram por isso também, por dizer que tenho certeza de algumas coisas. Racionalmente é visto como uma estupidez, porque ninguém deveria dizer que tem certezas, quando o mundo e as coisas mudam constantemente. Pois é...mas mesmo assim digo e não quero saber o que possam pensar de mim. Já chorei muito por me tratarem como uma parva por acreditar em coisas que nunca ninguém viu, mas continuo a acreditar e não posso fazer nada quanto a isso, nem quero. Sinto-me bem assim e a minha consciência está leve.
A minha fé aumenta cada vez que oro ou desejo alguma coisa e sem estar à espera, apenas dias depois Deus faz acontecer, quando algumas vezes me livrou de acidentes, de atropelamentos e nessa área teria muitas coisas para contar, mas adiante...eu já passei por coisas que me fizeram acreditar que sou guardada por Ele e isso faz-me sentir amada e querida. Só tenho conseguido sobreviver em Lisboa porque Ele me tem dado forças. Quando estou em baixo, Ele coloca na minha mente : "Filhinha, Eu estou aqui, não te abandonei, pensa em Mim, tem fé..." e logo fico melhorzinha, porque sei que todas as vezes que pensei que nada me levantaria do chão, Ele provou-me que eu posso ficar no chão, mas que posso sempre pedir a Sua mão para me levantar...e acreditem que é sempre melhor levantar. Um pormenor interessante e que me ocorreu agora, é que é sempre que alguém nos ajuda a levantar com a sua mão, a tendência é olharmos para cima. É isso mesmo que faço. Olho para o meu Papai do céu. É o único que me ama verdadeiramente como eu sou e nunca me forçará a mudar. Ele conhece-me e ama-me apesar dos meus defeitos.Já aconteceu algumas vezes Ele mostrar-me, mentalmente e concretamente algumas traições para comigo, fazer-me sentir coisas que mais tarde veio-se a provar que estavam correctas. Coisas inexplicáveis na altura, mas que mais tarde acabam sempre por ser explicadas e agradeço a Deus por isso, por sempre estar um passo à frente de todos e nunca permitir que alguém me magoe além das minhas forças. E também vejo-O a vingar-se de mim...essa é a melhor parte! :-)
Confesso que me dá algum prazer, mas no sentido de que fico contente por Ele ser fiel. Ele diz na Sua palavra que a vingança pertence-Lhe e que Ele recompensa quem não faz justiça pelas próprias mãos. Aaaah o meu Deus é tão grande e ao mesmo tempo tão amoroso, ao ponto de se preocupar com o meu coração ferido! Mas Ele é como aquelas mães galinhas, que ficam furiosas se alguém se aproximar dos filhotes para lhes fazer mal! Aí temos o caldo entornado! Com o meu Pai do céu é a mesma coisa, só que Ele é o Criador, o Todo Poderoso! Que bom para mim que assim é!
Quando alguém é injusto comigo e me faz chorar, eu sei que mais cedo ou mais tarde essa pessoa vai sentir na pele o castigo de Deus. Já testemunhei isso muitas vezes!
Não...não são coincidências. Não acredito em coincidências.
Quando ouço certas pessoas a dizer que controlam a sua vida, que se querem ir para a direita vão e se quiserem ir para a esquerda também vão. Pois é...vão...mas se Deus não permitir que elas usem as pernas, elas não vão a lado nenhum! Logo...ninguém controla nada neste mundo. É apenas ilusão nossa, porque faz-nos sentir um pouco maiores, mais donos do nosso nariz. Enfim...eu não tenho problema nenhum em dizer que não controlo nada do que se passa na minha vida. Eu só sou alguma coisa se Deus quiser que eu seja. A misericórdia e amor Dele fazem-nos ainda acordar todos os dias de manhã, porque por nós mesmos, não controlamos nada disso. Podemos ir ao médico todos os meses, ou andar sempre a fazer análises, comer saudávelmente, praticar exercício, mas se Deus achar que está na altura de partir, não é nada disso que foi dito anteriormente, não são os médicos que nos irão salvar das mãos do Deus vivo, acreditem!
Como disse anteriormente, é tudo uma ilusão pensar que fazendo todas essas coisas que vamos viver mais tempo nesta Terra. Podemos viver melhor, mas o tempo é de Deus.
E acho que já falei demais por hoje, tendo em conta que só ia dizer umas coisinhas sobre a Páscoa, mas eu sou assim. Quando desato a escrever, cuidem-se e ponham os óculos!
Mas para concluir, Deus tem sido muito bom para mim...e nesta altura da Páscoa, que também será uma época de decisões, de mudanças na minha vida, só Lhe peço que continue a ser tão bom como tem sido e que muitas pessoas possam sentir no seu coração que não são delas próprias, porque o sangue de Jesus as comprou para Ele.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Primavera chegou...e eu vim atrás!


     Passou imenso tempo, eu sei...mas aqui estou! Têm sido uns meses um tanto deprimentes, muita coisa aconteceu na minha vida.
     A minha sogra faleceu, foram meses de tristeza, as perguntas habituais que fazemos a nós mesmos, o tentar perceber porquê, porquê assim ou assado, que é tão típico do ser humano.
     Já não trabalho há 1 ano e faz-me falta ver caras novas, ocupar a minha mente com coisas mais substanciais.
      Tornámo-nos todos vegetarianos cá em casa e desde Outubro de 2012 que não comemos animais. Além de não ser saudável, contribui para mais abates e se o mundo soubesse como os animais foram tratados e como sofreram no "corredor da morte", iriam pensar 2 ou 3 vezes antes de dar uma dentada num pedacinho de carne. Não tenho sentido falta e estamos todos muito mais saudáveis cá em casa!
       Tivemos um Inverno muito rigoroso, muito frio, muito chuvoso...e graças a Deus, a Primavera está a chegar! O fim de semana está à porta e espero que se divirtam, mas os metereologistas dizem que vai ser um caos. Muita chuva!
       Se soubessem como já estou farta...(ai, ai...)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A desaparecida voltou...






Depois de muito olhar para cima e tentar encontrar respostas para algumas perguntas da vida (centenas delas), um anjinho, usado por Deus, que tem nome, mas não vou dizer qual é, "empurrou-me" a voltar a escrever. Há muitos meses que não vinha aqui e ainda bem que estou de volta. Vai fazer-me bem.




O objectivo é escrever sobre algumas receitas açoreanas, mas vou escrever sobre o que me vier à alma, também. Será uma mistura de sabores e emoções...o que acham?




Sim, há quem diga que cozinho bem. Gosto de cozinhar. Quando gostamos de uma coisa, empenhamo-nos...e ainda por cima quando gostamos de comer, ui! O pior são os quilinhos a mais, mas pronto...há coisas pioras na vida, acho eu.




A minha primeira receita, será escrita a pedido do meu anjinho. Feijoada com canela! Parece uma mistura um pouco esquisita, mas sabe muito bem.




Quando via a minha mãe e uma amiga fazerem esta feijoada, confesso que me dava um pouco de náuseas pensar que alguém conseguisse comer aquilo no final. Hehehe...estou a rir, porque eu não sou muito fã de chispe, gorduras moles, pés de porco, esse tipo de coisas. Nunca gostei. Sempre me deu a volta ao estômago, mas como aqui em casa todos gostam e eu sou a minoria, tenho de pôr, para o bem da sanidade mental!




Por mim, em vez dessas coisas, poria só bacon em cubos muito pequeninos e pronto, ficaria feliz da vida, mas a verdade é que o sabor da feijoada não seria o mesmo.




Então fico com o sabor bom e o feijão e eles com o sabor bom, com o feijão e as coisas moles...heheheh!




Aqui vai :





Ingredientes :





1 lata de feijão vermelho (eu uso enlatado, porque dá menos trabalho, mas podem usar o que quiserem)




1 lata de feijão branco



1 lata de feijão preto




Azeite ou banha (a minha mãe usava banha, mas acho mais saudável o azeite)



4 cebolas picadas



2 alhos inteiros picados



2 ou 3 paus de canela



Pimenta vermelha (picante)



Cominhos



Polpa de tomate



2 colheres de sopa de açucar



1 folha de louro




Meio ramo de salsa fresca picada



Chispe de porco



Bacon em cubos



Rojões







Faz-se um refogado com esses ingredientes, coloca-se as carnes e envolve-se muito bem no refogado. Deixa-se apurar uns minutos e acrescenta-se água, até tapar as carnes todas.


É bom ir mexendo de vez em quando com uma colher pau, para não agarrar ao fundo do tacho.


Quando a carne estiver cozida, misturar com os 3 tipos de feijão, mexer muito bem e deixar levantar fervura uns minutos. Depois de ferver um bocadinho, despejar para dentro de tabuleiros e levar ao forno, até ficar ligeiramente tostado em cima.



Acompanha-se com arroz e é uma refeição muito agradável!



Espero que gostem! Depois quero um feedback, se puderem... : )