terça-feira, 6 de abril de 2010

Quem sou eu?

"Cópia de muitos outros". Simpatizei com esta frase. Transmite o que sinto agora.
Será que tenho mesmo de ser igual à maioria para ser aceite pela sociedade, para ser respeitada, para ser amada?
Temos de ser os melhores, é isso que esperam de nós, eu sei...
Andarmos com os canudos no porta luvas do carro e não que isso nos sirva de muito, num país como este.
As pessoas que empregam querem um canudo e experiência de trabalho. Boa!! E não querem o rabo lavado também?
Para isso é preciso que haja alguém neste malfadado país com bondade suficiente e que confie nos jovens de hoje, dando-lhes o primeiro emprego!
Sim, àquele menino ou menina acabadinhos de sair da faculdade, cheios daquele ânimo que quase contagia, mas que não sabem a ponta de um corno sobre trabalho e sobre a vida!
Quem é que nos dias de hoje é capaz de tal acto de coragem, digam-me lá? Poucos.
Eu não tenho canudo, mas tenho experiência...e vamos lá ver como as coisas correm! Isto é o meu optimismo a falar, apesar de estar desanimada hoje, é verdade. Nota-se, não se nota?
Estou a pensar que não tive culpa do rumo que os meus estudos tomaram, porque o final foi exclusivamente decidido pelos meus pais, mas a verdade é que eu também já estava cansada de me sentir rebaixada.
Podia ter feito muito melhor, mas nunca fui incentivada a isso. Muito pelo contrário.
A lavagem ao cérebro foi no sentido de que eu na verdade não tinha um. Era apenas uma ilusão da minha parte achar que podia conseguir. Talvez por isso nunca tive notas de deixar alguém orgulhoso...
Mas o tempo passou e a vontade foi ficando bem longe. O tempo cura tudo, não é?
Neste momento só quero deixar isso para trás, faz parte do passado, de um passado que me trouxe muito sofrimento.
Foi nessa altura que a forma como eu me olhava mudou completamente. Foi nessa altura, quando me disseram que não valia a pena continuar os estudos, que eu olhei para mim como alguém que teria de aprender a viver e a sonhar com outras coisas. E foi o que fiz.
Morri e recomecei a viver a partir desse dia. Não quero que me espetem novamente uma faca no coração.
E na minha concepção, quem gostar de mim de verdade, irá entender-me e respeitar-me como sou...

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