quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Começar o dia com sentido de humor...


Pois, já devem ter reparado que estou mais bem disposta hoje! : )
Não vou escrever sobre caracóis, embora até pudesse, tendo em conta que tenho tido uma praga deles à volta de casa.
Até a ração dos gatos não escapa!
Deixam uma coisa nojenta por onde passam e neste caso, por cima da ração dos animais, que depois não a comem!
Se ao menos eu comesse caracóis...dava-lhes algum uso!
Continuando, encontrei esta foto enquanto pesquisava qualquer coisa no Google e senti logo uma vontade de ir atrás de um tipo que começou a trabalhar aqui há poucos meses para lhe tirar uma foto da cara! Hahahaha...até começo a rir só de imaginar se conseguisse! O que eu faria com aquela foto!
Pois é...colava a foto na cara deste caracol e depois de alguns segundos de inspiração (não seria preciso muito tempo), escreveria sobre o seu dia a dia aqui!
Mas vou escrever sem foto, na mesma!
O homem chama-se Victor, tem 1,55 m (pechinchiiiinho), 30 e poucos anos, tirou carta de condução de pesados há pouco tempo e como não tinha dinheiro para a pagar, o meu patrão disse-lhe que ele podia trabalhar aqui para pagar a dívida.
Lembram-se daquele programa hilariante "Allô allô"? "Whatta bigga mistaika to maika!"
O problema é que ele não consegue andar a mais de 0,01 km por hora!
Uma preguiça humana entre nós leva-nos a reparar em todos os pormenores do seu corpo, enquanto anda, enquanto atravessa o estaleiro, de uma oficina para outra.
E eu aqui, sentada, olho pela janela e vejo essa pessoa que me tem feito rir muito estes últimos dias.
Sabem, é porque estes últimos dias não tem chovido e ele tem andado sempre nas calmas.
Caiu uma pancada de chuva há pouco e não é que o homem afinal sabe correr? Não era preciso, não se ia afogar ou nada disso!
Mas quando o vi a correr nesta direcção, disse ao meu colega (que também o viu) : Ó Francisco, é a ver estas coisas que uma pessoa fica com alento para o resto do dia! Heheheheheh!
Ah...e há outra particularidade nele que o torna especial.
Quando faz asneira, a culpa nunca é dele e fala como se tivessemos sido colegas dele na mesma escola e daqueles muito amigos!
Às vezes estou aqui a escrevinhar...e quando o ouço a falar na sala ao lado, por vezes fico com a sensação que se ele vier falar comigo nem vou conseguir dizer um "o que é que tu queres?" e parto logo para a parte da gargalhada! É que ele fala tão devagarinho e olha-me com uns olhos que torna-se difícil aguentar!
Vocês nunca me viram com um ataque de riso! É triste...
Fico vermelha, tipo cravo de 25 de Abril, choro, enxugo as lágrimas, respiro fundo, tento pensar em coisas muito tristes...e consigo por uns segundos, mas depois começo outra vez e outra vez...até sentir o estômago a doer! Gritar por socorro não adianta...é tudo mesmo uma questão de concentração!
Tem vezes que controlo a coisa e passadas horas lembro-me daquilo e começo a rir sozinha!
Dizem que rir faz bem à saúde e que o povo Português devia rir mais. "Rimos pouco", dizem.
Isso é uma coisa que já reparei. Aqui, nos Açores, somos um pouco mais brincalhões. Deve ser por haver menos stress e mais tempo para fazermos as coisas.
O vosso hábito de apitarem por tudo e por nada...por exemplo, se um carro demora mais 2 segundos parado num stop, ou quando o semáforo verde acende e a pessoa por qualquer razão demora mais tempo a arrancar, já está a levar com um daqueles apitos ensurdecedores por trás...
Aqui não há nada disso.
Se um condutor pára para falar com outro que vem do lado contrário, é porque provavelmente deve ser alguma coisa importante, por isso esperamos. Há quem espere 5 minutos e com uma fila de carros atrás!
Mas apitar? Nunca! É tudo nas calmas...nada de stress!
Lembro-me de uma vez estar a conduzir em Lisboa e tentar passar pelo "monstro" Marquês de Pombal e devo ter-me atrapalhado e não saí na saída que eu pretendia e então tive que dar mais uma volta à rotunda. Na tentativa de sair, vejo uma velhota com a mão fora da janela, unhas compridas, pintadas de vermelho, com o "dedo" bem espetado para o condutor que ia atrás!
Fiquei chocadíssima! Uma coisa dessas aqui ainda aparecia nas páginas do jornal no dia seguinte! Heheheheh! Ok...estou a exagerar um bocadinho, mas a verdade é que eu não estou habituada a ver dessas coisas! As faltas de respeito, civismo...
Façam aos outros o que gostariam que vos fizessem!
Daqui a uns meses vão conhecer a condutora mais simpática de Lisboa...eu! : )
Posso comprovar que um sorriso faz mais efeito, do que um dedo espetado! E o meu dedo ninguém irá ver de certeza!
Mas voltando ao assunto inicial, este "caracol" que adoptámos no nosso estaleiro e que tanto nos faz rir, irá permanecer mais uns tempos. Há quem já tenha dito : "Não vejo a hora de o mandar embora..."
"O que foi? Tô cagado?" É assim como ele nos olha...mas acho que depois vamos ter saudades! Será? A ver vamos...

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