quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Felicidade na chuva...



Estava a olhar para a rua e senti saudades de ser pequena outra vez...

Lembrei-me dos dias de chuva, como não tinham o poder de me deixar depriminda. Eram dias molhados, apenas isso.

Eu ia a pé para a escola e levava uns 10 minutos a pé, isto se fosse muito devagar, mas o regresso a casa era sempre mais interessante. Ia com as minhas irmãs e bebíamos água das folhas das hortenses para matar a sede, levantávamos a nossa cabeça e olhávamos para o céu na tentativa de conseguir manter os olhos abertos com a chuva a bater-nos no rosto. Era um daqueles jogos que se inventavam para passar o tempo...

Sentir a chuva a molhar a cabeça, sentir a água a escorrer pelo nariz, queixo, ficar ensopada, é uma coisa que pode até dar em pneumonia depois, mas lá que é bom, é!
Ser criança também é isso. Arriscar. Brincar. Ter liberdade para ser-se criança.
Nós, adultos, se agirmos como crianças, somos logo criticados, gozados... é, ou não é?
Se fossemos todos mais puros e sensíveis como as crianças, viveríamos num mundo muito melhor.
Há quanto tempo não arriscamos? Há quanto tempo não vamos para a rua num dia de chuva intensa e simplesmente deixamo-nos molhar? Há quanto tempo não passamos por um estranho na rua e esboçamos-lhe um sorriso?
Abraços grátis...lembro-me dessa iniciativa. Deviam fazer mais vezes.
As pessoas precisam de abraços, precisam de amor.
Isso faz-nos mais felizes e como consequência disso, fazemos os outros mais felizes, também.
Quem não tem, como pode dar?
E concluo, com o desejo de um dia cheio de ternura e felicidade...mesmo que chova! :)

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