sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Já não o tenho comigo...


O Anti ciclone dos Açores está longe de mim...
A chuva cai lá fora e enquanto chove ouço músicas que costumava ouvir há 1 ano atrás.
Se fechar os olhos, é como se estivesse de novo na minha ilha. O som da chuva é o mesmo, mas se abrir os olhos, a imagem é diferente.
Pelo menos estou numa casa onde não tenho que me preocupar com água a escorrer das paredes e água a pingar do tecto, em dias de muita chuva. Sinto-me segura e aconchegada aqui.
Lembro-me de estar no trabalho em dias de chuva e pensar se teria alguma inundação em casa ou algum cavalo se teria solto (a água amolece a terra e a estaca solta-se com mais facilidade) e isso significaria que teria de pedir licença para sair do trabalho, para andar pelos pastos, debaixo da chuva, na tentativa de apanhar um cavalo em liberdade. Chegou a acontecer. Apanhei-o. Pura sorte? Não. Pura inteligência. Heheheh! Estou a brincar. Pode-se dizer que a prática é amiga da perfeição.
Hoje é sexta-feira e espero ter um fim de semana tranquilo, com muita paz e amor.
É o que desejo a todos, também...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Receita do meu pudim...


Uma receita inventada por mim e deve ter sido inspirada, porque ainda não ouvi uma crítica negativa. Mmm...será que estavam apenas a ser simpáticos? Não sei... mas o melhor é experimentarem aí em casa e depois digam-me!

Os ingredientes que utilizei para este tabuleiro que se vê na foto, foram:

3 pacotes de natas
Metade de 1 pacote de frutos silvestres (encontra-se "com sorte" na secção de congelados nos supermercados)
2 tortas de morango dancake

Cortar as tortas às fatias e colocar no fundo do tabuleiro.
Num tacho, juntar 1 pacote de natas aos frutos silvestres e adicionar açucar a gosto.
Deixar levantar fervura, esperar 1 minuto ou 2 e despejar por cima da torta, uniformemente.
Bater os 2 pacotes de natas até ficar em chantilly, adicionar açucar a gosto e bater mais uns minutos.
Logo de seguida despejar o chantilly em cima dos frutos e enfeitar com chocolate ralado ou morangos fatiados.
Levar ao frigorífico 1h ou 2h e está pronto a comer!

Deliciem-se! :))

Jeremy Camp - This Man

Amor de Deus...

Hoje decidi falar do amor de Deus, um sentimento que por mais que eu viva nunca conseguirei alcançar, mas mesmo assim é tão bom sentir que sou amada por Ele, que as tentativas para tentar compreender são sempre tão insignificantes perante as alegrias que Ele me traz.
Quando falo Dele fico emocionada, porque Ele é tão bom e sinto-me tão preciosa para Ele quando Ele fala comigo.
Sim, Deus fala connosco se nós Lhe pedirmos. Ele sabe quando precisamos de conforto. Deus é maior do que tudo o que possamos imaginar!
Quando escrevo isto as lágrimas são mesmo inevitáveis, porque é uma certeza que eu tenho.
Eu sou mesmo filha Dele e sinto isso dos pés à cabeça. : )
Mesmo quando não estamos à espera ou quando estamos tristes, Ele faz-nos surpresas, como um daqueles pais amorosos, que só querem ver o seu filho novamente a sorrir...
Ainda há dias, estava no aniversário da igreja, todos tinham almoçado e estavam em baixo, na sala de convívio. Eu subi até ao salão, sentei-me e senti vontade de ler a Bíblia.
O pastor estava sentado um pouco mais longe, tocava e cantava baixinho uma música.
Eu estava um pouco abatida e nesse dia tinha tentado com todas as minhas forças sorrir, porque ficaria mal começar a chorar, ainda por cima num dia que era suposto estarmos todos felizes e gratos a Deus...mas quando abri a Bíblia, as páginas abriram em Jeremias 17 e comecei a ler e mal comecei a ler sorri. Percebi logo o que se estava a passar. Deus estava a falar para mim...
Dizia isto:
"Bendito é o homem que confia no Senhor e cuja confiança é o Senhor."
"Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas as suas folhas permanecem verdes, e no ano da sequidão não se afadiga ou deixa de dar o seu fruto".
"Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins, isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas acções."
Como a perdiz, que choca os ovos que não pôs, assim é aquele que junta riquezas, mas não rectamente; no meio dos seus dias a deixará e no seu fim será um insensato". Jeremias 17: 7 a 11
E foi isto que Ele quis que eu soubesse...
Eu estava preocupada sobre o que poderia acontecer comigo aqui em Lisboa, com os meus pais, lá no Brasil e Ele deu a resposta a todas as minhas dúvidas e ainda me encheu de paz...
Ouvir da boca do meu pai o que eu ouvi deixou-me de rastos. Disse-me que eu ainda viria a passar fome em Portugal e que o meu marido podia até vir a perder o emprego, que ia ter de cultivar a minha própria horta porque daqui a uns anos nem haverá dinheiro para ir a um supermercado, que tenho de dar valor ao carro que tenho, que apesar de estar a cair aos bocados poderá ser o único que eu poderei vir a ter ou então terei de andar de bicicleta... e nem continuo mais, porque é vergonhoso para mim transmitir-vos este tipo de coisas.
Coisas que um pai nunca deveria dizer a um filho. O meu pai sempre viveu em prol do bem estar financeiro da família, nunca nos faltou nada, nem roupas nem comida, nem brinquedos...mas faltou o amor, respeito e palavras de incentivo.
Já sofri muito por causa da minha família, mas aprendi que a minha verdadeira família são aqueles que me amam e que estão comigo para o bem e para o mal.
Aprendi às minhas custas que o sangue não conta assim tanto.
O que conta são os laços de amor e amizade que se criam ao longo do tempo. Desde o princípio do mundo, com Caim e Abel ficou provado que na realidade não é o sangue que une as pessoas. Caim assassinou Abel e eram irmãos.
Detesto hipocrisia, falsidade, pessoas que não vêem a meios para atingir os fins, mesmo que isso signifique destruir a vida de alguém ou passar por cima da Lei, como se fossem invencíveis.
Pessoas assim causam-me arrepios, mas só porque vejo-os vendados e a caminhar para um precipício por vontade própria.
Quem está neste mundo para amealhar riquezas e fá-lo roubando, um dia a justiça irá bater-lhes à porta. Eles pensavam e ainda pensam que não se sentarão no banco dos réus.
Ainda acreditam que fizeram o mais acertado. Para eles eu estou errada e sou uma mal agradecida, mas preferia ter vivido num lar pobre e com amor, do que ter sido criada a pensar que o mais importante na vida é o que os outros pensam de nós.
Apesar de todas estas desilusões, é sempre bom sentir que Deus tem sido fiel e se preocupa comigo e mais...quis preparar o meu coração para o que acontecerá.
Ele quer que eu continue a confiar Nele e é o que farei, porque acredito nas consequências dessa fé, acredito que serei como essa árvore que mesmo nos dias de mau tempo terá as suas raízes bem firmes e não vai cair.
E todos aqueles que amaldiçoarem os outros, Deus os fará malditos.
Deus é Amor, Deus é Justiça...e em certas situações temos de pôr a justiça em primeiro lugar e logo depois o amor. O castigo e depois o limpar das feridas...
Infelizmente o ser humano não aprende sem bater com a cabeça algumas vezes nas mesmas coisas.
Neste mundo quem faz as coisas bem é mal interpretado e quem faz as coisas ilegalmente é aplaudido.
Eu prefiro ser mal interpretada, ser apelidada de ignorante por não me interessar tanto por este mundo como deveria, ser olhada como uma maluca, por acreditar que existe outro mundo, um mundo espiritual, além deste em que vivemos...
Sim, prefiro mil vezes ser mal vista por eles...do que ser mal vista pelo meu Deus.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mais natureza mais se sonha...

Há dias fui a Monsanto, a um aniversário, e apesar de não me estar a sentir muito bem, foi uma lufada de ar fresco olhar para as árvores, ouvir aquele som que fazem quando uma brisa passa por entre os seus ramos...foi um sorriso interior com uma certa nostalgia.
Os trilhos que existem para as pessoas passearem a pé fizeram-me logo desejar que ganhasse o Euromilhões para poder ter dois puros sangue Lusitano, tê-los hospedados num centro hípico e poder levá-los comigo num daqueles atrelados de luxo, puxados por um jipe lindo de morrer. Podermos parar perto de um desses trilhos em Monsanto e irmos à procura daquela paz que só se sente quando se está mesmo em contacto com a natureza.
Ouvir a respiração dos cavalos, os cascos a bater no chão, sentir que estão felizes por estarem ao ar livre, a ver sítios diferentes...e depois voltarem para a sua casa, preparada para passarem uma boa noite e comidinha à disposição.
Já fiz isto antes, por isso sei que depois de umas horas de passeio, ao final do dia, já só pensamos todos é em comer e dormir! :))
A vida corre como tem de correr...e sonhos são sonhos, que aos poucos vão desvanecendo e nesse entanto criam-se outros sonhos e o ciclo recomeça.
E agora a viver numa cidade, o sonho dos cavalos só mesmo ganhando uma lotaria qualquer, mas Deus é que sabe o que tem preparado para mim e para a minha vida.
Há pessoas que vivem ansiosas, sempre com a cabeça cheia de coisas para fazer, nunca estão satisfeitas com nada...e até aposto que se tivessem tudo, ainda sentiriam que falta alguma coisa para se sentirem satisfeitos.
O segredo é aceitarmos as coisas más não como castigos, mas como uma luz que irá brilhar mais tarde e que nos fará mais fortes.
Deus diz para sermos gratos por tudo e Ele sabe que quem não consegue aceitar aquilo que nos é dado, principalmente o mal, então será uma pessoa infeliz. Mas quem consegue ter fé de que tudo acontece por um motivo e que é sempre para o nosso bem futuro, quem depende de Deus e acredita nisto é uma pessoa mais leve, porque não carrega fardos que não precisa de carregar, pois Jesus ofereceu-se para carregá-los por nós e dar-nos o Seu, que é leve e suave.
Quem aceita esta verdade, começa a ver que há coisas pelas quais nos chateamos e irritamos que no fundo são insignificantes comparados com a vida em si, com o tempo que perdemos a pensar em coisas que não nos levam a lado nenhum...e o pior é a saúde que é posta em risco quando andamos nesse estado de ansiedade todos os dias!
Quem se recusa a pousar o seu fardo e se recusa e entregá-lo, é porque tem medo e está demasiado agarrado ao seu passado, aos seus problemas e tem de viver continuamente com um fardo que já não lhe pertence, mas que teima em mantê-lo sobre os ombros.
A grande injustiça é que essa pessoa depois descarrega a sua dor e frustração (porque sente que carrega esse fardo sozinho, sente que ninguém o compreende, sente-se sozinho), quer partilhá-lo com quem está à sua volta, mas só que é um fardo demasiado pesado e não deve provocar sofrimento nos outros só porque se sente demasiado cansado desse fardo, especialmente quando a "fonte" desses problemas é culpa dele próprio, da sua incredulidade, da sua falta de fé.
Estou a falar disto agora porque apesar de no mundo sempre ter existido pessoas sem fé, nos tempos que correm esse número aumenta de dia para dia e o resultado está à vista, como todos podem ver. As pessoas não conseguem viver sem pensar que o dia de amanhã será pior do que este e que a culpa disso é sempre de alguém, menos delas próprias.
Quem não consegue ter fé, não consegue ter esperança...e quem não consegue ter esperança, não pode ser feliz, não pode por mãos à obra e ver um resultado que o agrade, porque será sempre uma pessoa insatisfeita com a vida.
Pensem nisto : quando acreditamos em coisas que ainda não vimos, isso não nos faz de nós tolos, mas faz-nos uns felizardos.
É uma citação minha...inventada na hora, mas que faz todo o sentido, não acham?