segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Um Natal de pernas pó ar...

Quando se fala tanto em crise financeira, ultimamente vou ao supermercado e é como se levasse com uma lufada de ar fresco! Ahhhhh....pois é, a primeira coisa que me vem à mente é "MENTIRA!"
As pessoas têm sempre dinheiro para gastar! Vão buscá-lo onde? Os carrinhos vão na maioria cheios e ainda vemos brinquedos para oferecer pelo Natal à mistura com os legumes, a fruta...por isso, a crise não é definitivamente para todos e não é decididamente pelo Natal que os Portugueses preferem poupar...e fazem eles muito bem!
Se ninguém comprasse nada, aí sim, é que as empresas fechavam as portas de vez e aí sim, veríamos muitos pescadores à beira rio, a pescar algo para o jantar e de enxada na mão a plantar couves e batatas! Ainda não apareceu na Tvi por isso não deve estar a acontecer...hehehehe!
Seja como for, ao ouvir as notícias que correm, as palavras de algumas pessoas mais impressionáveis que dizem que daqui a uns anos vamos ter de cultivar hortas senão vamos passar fome, o meu relato de cidadã Portuguesa, agora residente no Continente, é que posso garantir-vos que os hipermercados estão sempre cheios, os centro comerciais e restaurantes também. Muitos podem andar só com 20€ no bolso, mas andam sempre à procura de um modo de como gastá-lo, de preferência um que satisfaça as suas necessidades menos básicas, porque no fundo, são os chamados prazeres de luxo que dão alento aos Portugueses. Querem sempre ter uma melhor aparência!
No fundo, no fundo, o que eu acho é que estamos todos a lidar muito bem com o fracasso político deste país e acho que merecemos todos uma salva de palmas pelo esforço, não acham?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Enquanto tentamos não congelar...

Aqui em Portugal continental sente-se mesmo o que é o frio. Nos Açores é diferente, apesar de ser raro baixar aos 9 graus.
Daqui a umas horas tenho de sair e vou ter mesmo de andar um bocado a pé...ou seja, irei congelar um bocadinho. E bem não me vai fazer, porque tenho andado constipada e esta manhã acordei com a garganta a doer imenso e uma tosse horrível, daquela seca e descontrolável, que irrita até ao mais calmo e paciente dos seres.
Se fosse uma coisa possível de agarrar, palpável, já a tinha estrangulado há muito tempo. Dizem que devia ter sido vacinada para a gripe, mas será que uma simples vacina consegue afugentar esses virus que aparecem todos os dias sabe-se lá de onde?
Bem, mas mudando de assunto, neste preciso momento estou a escrever e a ouvir ferramentas e homens a montarem o meu roupeiro novo. É gigante, com espelhos...e vamos finalmente poder arrumar as nossas roupas todas. Já não era sem tempo! Em 5 meses, ter de andar a procurar roupa em malas e caixas (e por vezes não encontrar o que queríamos) é no mínimo frustrante.
Mas graças a Deus tenho sido abençoada e tenho tido ajuda de pessoas que nem são da minha família. Cada vez mais de capacito que família são aqueles que apesar de estarem longe, sentimo-los sempre perto. São aqueles que mesmo que não me digam nada, apenas me façam saber que à noite, quando dobram os seus joelhos para falar com Deus, um pouco desse tempinho é dedicado a mim, já significa muito.
Durante muitos anos vivi isolada do resto do mundo. Era só eu e a minha bébé. Só nós...
Agora, ambas temos de nos adaptar a viver num mundo diferente daquele que conhecíamos, partilhar experiências, conhecer novos lugares, pessoas...e falo por mim, mas tem dias que sinto um peso sobre o meu coração, como se estivesse a acumular emoções demasiado rápido...e de facto está. Todos os dias o meu coração bate e aprende uma coisa nova...
Sentir-me uma filha de Deus, aqui, é muito diferente, é difícil, é um teste diário.
A natureza não me pode proteger, não posso fugir para o meio do mato e estar num sítio puro, leve...
Há mais pessoas do que árvores. Há mais mal do que bem. Há mais incredulidade, há mais de tudo.
A falta de fé nas pessoas deixa-me tão triste, fico tão triste por elas! Não fazem ideia de como é bom acreditar que há um Deus que nos ama e protege, que por mais erros que cometamos, se corrermos arrependidos para os pés Dele, é impossível não recebermos um abraço...e que uma pessoa que passa a vida a duvidar e a pôr em causa a existência do sobrenatural, é uma pessoa que não consegue sentir paz, tranquilidade...porque não sabe o verdadeiro significado de "esperar no Senhor..."
Eu não sei o que o dia de amanhã me trará, mas se me preocupar demasiado, é prova de que não há fé.
Se fechar os meus olhos e pensar que poderei morrer a qualquer momento, não ficarei com medo, porque tenho plena certeza que este mundo não termina aqui.
Jesus disse que nos iria preparar um lugar e acredito muito nisso. É tão mais fácil acreditar nestas coisas boas do que duvidar que existam, porque se fizer isso, então a minha vida será um inferno na terra. Serei infeliz. Então somos mesmo só feitos de uma massa que servirá para alimentar as larvas e que se desintegrará...e morre corpo e morre a alma. Não é triste isto?!
Será que o destino do ser humano é mesmo este? Só este?
Porque é que o homem luta com o seu coração? A mente faz parte do corpo, mas o coração é a nossa alma, o nosso interior, a nossa consciência, a nossa linha aberta com Deus.
Só que nos dias de hoje, as pessoas endureceram o coração de tal maneira, que mesmo que vejam ou ouçam qualquer coisa que os comova, passados minutos, já não se lembram do que viram e seguem em frente. Muitas vezes Deus fala com as pessoas atravez de outras, de gestos que supostamente deveriam tocar no fundo e fazer cair uma lágrima, mas a mente acaba por abafar o coração. A razão e o corpo prevalecem e o espírito é posto de lado. É tão contraditório, visto que o corpo morre e o espírito vive para sempre. Deveríamos dar mais importância ao nosso aspecto espiritual do que ao nosso aspecto físico, perante Deus e até perante a sociedade, se fosse temente a Deus, concordaria com isto que estou a escrever.
Se as pessoas se preocupassem mais em embelezar o seu interior, a vida seria muito mais fácil e seríamos todos muito mais felizes. Infelizmente não é assim...
A incredulidade produz um fruto duro de se roer, amargo, sem sabor...
A fé produz um fruto de casca mole (sensível) e no seu interior está um manjar, um sabor maravilhoso...
Quem tem fé é mais feliz. Quem tem fé, por pouca que seja, tem mais paz. É apenas algumas das recompensas que Deus dá por acreditarmos que Ele existe, que Ele faz acontecer e que Ele nos ama.
Espero que quem ler isto, consiga encaixar a sua ciência com Deus. Mas até hoje a ciência não conseguiu provar o sobrenatural, mas ele existe.
O Pentecostes, por exemplo, a ciência explica isso como um acumular de reacções químicas e físicas no corpo daquela gente toda, que justificam alguns sentimentos e acções daquele dia...mas não pode negar que aconteceram, nem explicar porquê essas coisas aconteceram. Há coisas que não têm explicação, porque aconteceram de uma forma sobrenatural.
O sobrenatural não se explica. Vê-se (raramente) e sente-se (muitas vezes)...
Se Deus aparecesse ao mundo, se desse provas da Sua existência, estaria a contradizer-se a Si próprio e à Sua palavra. Ele quer que tenhamos fé. Sem fé, ninguém O verá.
É uma prova de requisito. Se todos O vissem, então todos acreditariam e O temeriam, mas no entanto, iriam procurá-Lo com medo de não ir para o Inferno, com medo das coisas horríveis pelas quais teriam de passar infinitamente e não por amor a Ele. Deus quer ao Seu lado aqueles que O amam mesmo sem ver o Seu rosto...e que o amem por aquilo que Ele é e faz na nossa vida.
A fé tem essa explicação.
E já escrevi demais por hoje. Vou preparar-me para sair e...que Deus nos proteja do frio! :)